Conversávamos, à hora da merenda, sobre "coincidências" e a Mão de Deus. Incrível como as peças deste grande quebra-cabeças que é a vida se encaixam com perfeição e na hora certa. Eu já havia, uma vez mais por "coincidência", recebido um recado de Deus, atendendo aos meus apelos aflitos naquela manhã e, na hora da missa mensal aqui nas dependências do tribunal, tivera a oportunidade e a lembrança(porque somos sempre muito esquecidos do agradecimento, embora saibamos pedir como esmolés profissionais) de agradecer ao Deus-Pai a sua grande misericórdia de haver me atendido, quando o Ministro Simpliciano nos relatou um episódio recentíssimo, ressaltando a "coincidência" que lhe ocorrera, chamando a atenção, exatamente, para a Mão de Deus, que viera em seu socorro com aquela proverbial espontaneidade que dá um colorido todo especial à s graças que vamos obtendo.
Não vou falar aqui do fato em si mesmo, pois não pedi autorização para fazê-lo, basta, simplesmente, registrar o acontecimento e a sequência das "coincidências" para demonstrar a infalível presença do Pai em nossas vidas.
E, acrescento, uma "coincidência" a mais a comprovar o afirmado no pórtico desta narrativa: o evangelho da missa era exatamente aquele que tratava do rapaz que havia falecido e Jesus, ao passar pelo féretro e sentindo a dor enorme das pessoas, mormente dos pais, operou o milagre chamando o jovem de volta à vida.
É uma outra "coincidência" a nos mostrar que para Deus não há barreiras, nem mesmo a morte triunfa sobre os poderes divinos.
Mas, é preciso manter viva a chama da fé que, muitas vezes, quando o nosso barco parece querer soçobrar e nós, perdendo o equilíbrio e o controle das emoções, balançamos mais que a própria embarcação, pensamos que chegou o nosso fim-de-mundo, reunimos as últimas forças e retiramos do nosso espírito a confiança de que tudo acabará bem e, aquela Onipresença incomprável nos acolhe em Suas Mãos prodigiosas e conduz o nosso barco à segurança do cais.