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Cronicas-->AINDA É MEU E SEU, ESTE PEDAÇO DE CHÃO -- 01/11/2006 - 09:24 (Heleida Nobrega Metello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Ainda é meu e seu... este pedaço de chão



Num tempo não muito distante, personagens nascidos neste mesmo pedaço de chão tiveram a ousadia de coibir a liberdade de expressão. Ditadura! A lembrança ainda é nítida entre os meus. A leitura dos jornais era uma tortura diária. Uma simples batida na porta, o suficiente para um sobressalto. Pessoas do nosso convívio passaram por circunstàncias extremamente delicadas. Muita luta para garantir a dignidade que o governo teimava em ignorar. Alguns, alcançaram a liberdade...

Hoje, podemos falar, escrever, discursar, discutir, etc... Mas, quando vislumbra uma expectativa de sermos ouvidos, quase que imediatamente o dito se transforma em não dito... e Viva São Benedito! Tem sido assim nesses últimos tempos.

Tantos manifestos sérios, escritos por pessoas que se fizeram respeitar por uma trajetória transparente foram lidos e ignorados. Quantos tamparam os ouvidos, quantos fecharam os olhos para deixarem de ouvir e enxergar o óbvio. Quantos sequer sabem ler e foram comprados por um auxílio-ilusão.

O pano de fundo não se assemelha ao da década de 60, é evidente, contudo, encontramos-nos sitiados com mãos e pés atados nas malhas do poder, arrogància e ignorància.

O povo, sem energia para qualquer enfrentamento adormece num berço esplêndido de acomodação. Cai facilmente na armadilha da sedução em época de campanha eleitoral.

Muitos políticos, antes mesmo de serem eleitos tornam-se MESTRES na arte de CEGAR O OUTRO. Prometem, mas não se debruçam sobre as carências reais da população. Qualquer intenção se esvai por um ralo qualquer, tão logo assumem o poder. Mansamente, imergem num processo sem fim de degradação.

Uma cena comum do cotidiano político. Os cenários e atores é que são trocados periodicamente. Alguns, por incrível que pareça, conseguem permanecer sempre em cena.

Quando volto à mim após tanta indignação e me certifico de que este é ainda o meu pedaço de chão, não me permito desesperançar. É a única terra que possuo. Assevero meu intento de poder um dia testemunhar uma tolerància recíproca desinteressada, tanto quanto, o resgate do respeito à autoridade. E assim, quem sabe, valores que transcendem essa corrupta matéria possam inflamar ainda muitos corações e propiciar o retorno da confiança, igualdade e justiça, inseparáveis do direito do povo.
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