Quem nunca se deparou com situações que continham algum tipo de relação entre as mesmas? Aquelas que acabam ocorrendo num mesmo dia, minuto e até segundo. É a famosa "sinergia", a cooperação entre o todo! Pois é, ontem ocorreu uma situação interessante, triste, mas digna de registro.
Deitado em minha cama, plena meia-noite e meia, capto duas situações sobre o mesmo assunto, ambas de camarote! Narrarei as duas situações logo abaixo. Vejam se podemos desrespeitar essa tal de sinergia.
Na primeira situação, estou realizando minha leitura noturna, Ã s vésperas do meu tão adorado sono. Trata-se de um livro muito conhecido, chamado "O Monge e o Executivo - Uma História Sobre a Essência da Liderança", de James C. Hunter, que foi emprestado pela minha amiga Luciana. Bom, eis o trecho no qual eu estava, antes de ser interrompido:
" - ...E uma vez mais, como definimos liderança Greg?
- Como uma habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente na busca dos objetivos identificados como sendo para o bem comum. Sei isso de cor.
- Obrigado Greg. A liderança que se exerce a longo prazo, suportando o teste do tempo, deve ser construída sobre autoridade - Simeão anunciou, afastando-se do quadro.
- Como eu disse no outro dia - ele continuou -, você pode até aproveitar-se do fato de ocupar um lugar de poder, mas assim estará comprometendo os relacionamentos, o que dificultará o exercício e a aceitação de sua influência. Alguém lembra como definimos autoridade?
A enfermeira falou alto, sem mesmo consultar suas notas. - Você disse que era a capacidade de levar pessoas a realizarem a sua vontade de bom grado, por causa da sua influência pessoal." (página 62).
A segunda cena tratava-se de uma mãe gritando com a filha caçula - chuto uns 17 anos - na rua, ofendendo-a com nomes como: vaca, vagabunda e outras delicadezas, enquanto sua filha resmungava descendo a rua, quebrando aquele silêncio de início de madrugada, fato esse que me deixou envergonhado dentro da minha própria casa e que acabou interrompendo minha agradável leitura.
Coloquei-me a pensar sobre o quanto essa mãe conhecia de liderança e autoridade, pois poder ela tinha, já que tinha a seu favor a força braçal e "maridal". Inicio minha reflexão: mãe de três filhas, sendo que a do meio gerou o primeiro filho aos dezesseis anos. Será que a agressão verbal em público, por que não considerar um pelourinho moderno, fazê-la passar vergonha perante os moradores de sua rua - como se ela não fosse responsável pelo comportamento de sua filha -, os quais a verão por muitas vezes ainda, seria uma solução ou uma motivação para mais revolta de sua caçula?
Estou pensando em dar um livro desses de Natal para ela...