O enredo de nossas vidas, como num filme, é escrito pelas escolhas que fazemos... é escrito pelas coisas que deixamos de fazer... é escrito com suor... com lágrimas... e muitas vezes... com sangue e dor... É escrito por nossas próprias mãos... que podem ou não ter a companhia de outras ao seu lado... e uma vez mais... é mais uma escolha que fazemos. Mas acima de tudo, não é lá no futuro, que a gente erradamente chama de destino, onde iremos ver o resultado de todas as opções que foram feitas, mas sim, na maior das dádivas que Deus nos deu... num presente... no próprio presente, que é justamente onde a vida acontece, que é onde as nossas escolhas são feitas, onde erramos, e acertamos... onde choramos e rimos... onde podemos simplesmente amar... tão "imensamente" quanto quisermos... pois o infinito sempre cabe dentro dos nossos corações, pois o amor foi feito justamente assim, forte, sem tamanho, sem cor, sem forma, enfim, ele é surpreendentemente parecido com o vento... que não pode ser visto... mas que sentimos seu toque carinhoso em nossas faces, nos trazendo aonde quer que estivermos a recordação do ser amado. E o amor, das escolhas, é sempre a mais difícil... a mais temida justamente pelo medo de errarmos, de repetirmos erros do passado. E pra deixar as coisas ainda mais emocionantes, normalmente nos enganamos quando julgamos termos encontrado um novo amor, pois ao contrário do que pensamos... quem nos acha... de fato... é ele próprio... pois quando menos esperamos... quando nos damos conta... algo dentro de nós simplesmente virou amor, e como no tempo, a gente não sabe nem quando nem onde tudo isso começou... e nem sabe ao certo até quando vai durar... mesmo que ele seja eterno... pois uma vez mais... o amor é simplesmente presente... presente de Deus... presente em nós... presente que damos... presente que recebemos do outro... presente que precisa ser usado quando ganho... pois apesar de ser a maior força do Universo... é tão igualmente frágil e perecível. Não dá pra guardarmos o amor na geladeira pra usarmos depois... pois deste jeito ele perderia o seu gosto delicioso e especial de ser... simplesmente o melhor dos presentes...
Silvio Guerini
16 de julho de 2006, 13h45
guerinis@uol.com.br