Fonte: desconhecida. Os pontos de interrogação são meus, os depois do título.
"Quem morre?
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo ?
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar?
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece?
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos?
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos?
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante?
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece, ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe?
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples fato de respirar?"
Comentário:
- Esses conselheiros... Santa Tereza d"Ávila não disse que morria a cada instante? Tem jeito da gente ser leal a vida inteira, se lealdade é o exercício das preferências? Então, é fria morrer, humanamente... digo, "em doses suaves"?
Se sim, temos que fazer tudo conforme esse script em azul para apressar a inevitável? Ah, as desavenças vêm das palavras, alguém já me disse. Por favor, contrarie-me se possível, me acorde, se durmo.
Com os cumprimentos do Thim,
crente em regulador xavier,
filho de colonoscopia interrompida e
servo de ligaduras metálicas hemorroidais.
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