Usina de Letras
Usina de Letras
14 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63235 )
Cartas ( 21349)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10683)
Erótico (13592)
Frases (51758)
Humor (20178)
Infantil (5602)
Infanto Juvenil (4949)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141311)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6356)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->A Mulher Sensual da Livraria -- 18/02/2007 - 12:53 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Mulher Sensual da Livraria

Em 1997 , eu fazia faculdade e , como tinha que ler muito , frequentava muitas livrarias na cidade onde moro , Curitiba .
Uma vez , eu precisava de um livro que não conseguia achar em lugar nenhum , por isto caminhei em vários lugares para procurar a obra . Rezei um terço para ter sorte , até que cheguei na Rua do Rosário , onde avistei uma livraria e quando entrei , neste estabelecimento , me deparei com uma vendedora que tinha características de várias personagens da Literatura : os olhos de ressaca de Capitu , os cabelos dourados de Alice no País das Maravilhas , os lábios de mel da virgem Iracema e uma inocência digna de uma Chapeuzinho Vermelho .
Ao avista - la perguntei se o livro que eu procurava existia e ela disse que sim .
Perguntei se a mulher gostava de poesias e fiz um dos meus repentes .
A vendedora ficou admirada e me elogiou , disse que eu era bonita e que parecia uma boneca de porcelana , pois eu fazia o estilo ninfeta .
Eu aproveitei e falei sobre as semelhanças dos seus traços físicos com algumas personagens da Literatura .
A moça ficou encantada e confessou que nunca ninguém tinha feito tal comparação .
Só por último eu perguntei o seu nome e ela me disse que chamava - se Vanessa .
De repente , no meio das estantes dos livros , ela pegou na minha cintura , me abraçou , mas não nos beijamos . Apenas , nossas coxas se roçaram e quando isto aconteceu , ouvimos aquele barulho sonoro de um jeans encostando no outro , um barulho que parece uma introdução para uma melodia de rock .
Após isto , perguntei se a mulher tinha algum endereço para que eu pudesse mandar cartas e poesias . Assim , Vanessa ofereceu o que eu pedi . Porém , havia um detalhe interessante : ela morava numa rua chamada Ipiranga .
Mandei uma carta e ela nunca me respondeu .
Há dois anos atrás , por curiosidade , entrei naquela livraria e descobri que esta vendedora não trabalhava mais lá .
Hoje , toda a vez que esta mulher me vem a memória , as seguintes imagens invadem meu pensamento : os olhos de ressaca de Capitu , os cabelos dourados de Alice no País das Maravilhas e os lábios de mel da virgem Iracema . No fundo destes meus devaneios , toca aquela parte do Hino Nacional : " Ouviram do Ipiranga as margens plácidas " que , nos meus pensamentos , eu sempre escuto como : " Na Rua do Ipiranga morava Vanessa cálida . "
Luciana do Rocio Mallon




Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui