Relembrando nossa conversa, menciono algumas coisas que julgo profundas e sinceras.
Companheiros no trabalho sempre temos, e todos, com raras exceções, nos auxiliam e contribuem para o que se planeja: êxito pleno do exercício de atividades diversas, Ã s quais somos obrigados por força do contrato trabalhista e também por consciência do prazer de concluir um pouco mais do que o exigido e esperado.
No caso dessa mulher formosa, profissional de primeira (perspicaz e sensata), não lembro de indelicadeza alguma que me tivesse causado.
Inesperadamente, para surpresa de muitos, ela se foi.
Com certeza, Deus a acolherá com carinho.
A dor e a falta são grandes; ao seu lado (e trabalhando feliz) passei toda a existência do antigo departamento (hoje ampliado e com novas atribuições).
Como lhe disse, até nas brincadeiras, ela procurava enaltecer-me. Este modesto poema foi inspirado em sua conduta exemplar e cordial:
Ultimatum (*)
Promete-me a presidência
Prezada huri, com veemência,
No mais tardar pra dezembro.
Sou crédulo e tão seguro,
Que, na faina, mais me apuro
E da vaga só me lembro.
Entretanto, há meus colegas
(A eles será que renegas?)
Que desejam ir também.
Sem jeito, apronto um cabide,
Mas ela quase me agride
E diz: -- Vais tu, mais ninguém.
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(*) Há mais de duas décadas no serviço, fez um jogo da "Sena" e afirmou: "Se eu for contemplada sozinha (ou com poucos), pretendo montar empresa e levá-lo para presidente." Brasília, DF, 18/09/2004.