Muito grato pelas notícias. Reconforto para mim, que pensava haver cometido alguma indelicadeza.
Compreendo o momento pelo qual passa você. Fases semelhantes já vivi. Superei os obstáculos, sim, com fé, trabalho e honradez.
Chego a Brasília no fim de 1956, menino e paupérrimo. Escola regular Não havia. Em 1957, surge a Cidade Livre (hoje Núcleo Bandeirante). No chamado Ginásio Brasília (na época), concluo o primário em 1958. São mais de 50 anos de luta e de alegrias também.
Isso não quer dizer que encerrei minhas atividades. Só nesta empresa quase um 1/3 de século; mais de 50 anos de serviço, averbados pelo INSS. Continuo na ativa com disposição, contentamento e honestidade.
Aos 18 anos já lecionava. Não que soubesse tanto. A legislação permitia, e associei a permissibilidade ao meu ideal e à minha carência de recursos económicos. Logicamente, aprendia muito mais do que os abnegados alunos. Quando surgiram as duas maiores escolas particulares de nível superior do DF, nelas estive (27 anos em uma e 12 anos em outra, concomitantemente). Claro, que o bom relacionamento com os titulares da matérias (doutores no assunto) ajudou muito. Quiçá, o currículo de um curioso professor de nível médio deve ter contribuído também.
Tenho idade para ser seu avó. Se me permite, afirmo: a hora é esta; permaneça nesse caminho - que julgo feliz e eficaz. Se puder, veja na minha página (*) Hei de vencer, síntese de uma trajetória. Relato sincero, que enfoca os primórdios deste humilde trabalhador.
Terei muito prazer de entregar-lhe os livros; no fim de agosto, terei mais dois: Estrada e Lilases. Até o fim do ano, Saudade. Não os ponho à venda, em livrarias nem faço lançamentos. Distribuo-os aos amigos. Talvez esteja errado, mas é sentimento que nutro.
Estou encaminhando esta mensagem com cópia para o X, pessoa nobre, a quem sou grato, cuja amizade é privilégio para mim e graça de Deus.