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Cronicas-->Andar de Meia -- 02/09/2007 - 14:03 (Ivan Guerrini) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Todos os pais se lembram do filho ou da filha andar de meia nos pés no chão de casa. E que briga cada vez que acontecia. "Você não sabe que não é para andar de meia? Quantas vezes já falei??? Você tem chinelo ou sapato, pode ir calçar. Você pensa que dinheiro cai do céu para eu ficar comprando meia para você? Depois, encarde a meia e aí vai mais sabão em pó para tirar sujeira que não sai, energia elétrica da máquina de lavar, além do serviço da empregada, etc, etc, etc...". Claro que tínhamos todos os motivos ditados pelo bom senso padronizado. Não íamos além do fato em si, uma desobediência, para enxergar que o filho só queria mostrar que era capaz de transgredir numa boa, ou seja, de que ele ou ela tinha o germe da rebeldia e que queria saber apenas como traduzir essa rebeldia numa conduta saudável. No entanto, nosso arquétipo de pai/mãe que não aceita nada (ou quase nada) que foge do convencional já estava pronto para ridicularizar e proibir a iniciativa. Hoje, com um olhar muito mais ampliado, vemos que andar de meia naquela época poderia estar significando um prenúncio para, no futuro, mudar o jeito de aceitar os jogos imorais e anti-éticos da sociedade, dizer não às pressões controladoras das igrejas, desconfiar dos propósitos escusos da mídia, questionar os professores autoritários e cartesianos, desbravar caminhos desconhecidos para a família, quebrar padrões que até então impediam a realização pessoal dos adultos da família, viajar para novos mundos, assumir profissões não convencionais, etc... Isso e muito mais estávamos impedindo de emergir nos filhos ao inibir com energia castradora o andar de meia. Importante dizer, contudo, que esta não é uma reflexão para se levar "ao pé da letra", já que estamos falando em meia nos pés. Encare como uma metáfora. Dê graças a Deus se seu filho/filha desobedeceu as ordens algumas vezes e desprezou a proibição, essas e outras. Se você não aceitou a desobediência naquela época, faça-o agora. Seus filhos merecem ser feliz, bem além do que você entende por felicidade. A vida é deles, não sua. Rebeldias saudáveis são necessárias. Quantos e quantos certinhos não dão certo na vida... Só começam a dar certo, aliás, quando assumem a rebeldia saudável e rasgam alguns ou muitos protocolos e isso pode acontecer aos 30, 40, 50 anos ou mais, com o preço de muitas rupturas. Ainda assim é uma benção, uma super benção. Portanto, se você ainda tem filhos pequenos, adolescentes e jovens em casa, é hora de dar uma chance do diferente a eles. Numa boa, sem traumas. Se, por outro lado, seus filhos já saíram de casa, converse com eles, assuma, admita, peça perdão, ame, agregue, sintonize-se com eles, mostre-se acima das convenções. Mude agora, radicalmente se necessário, seja e faça diferente. Sempre é tempo de ser feliz. Seus filhos, afinal, são seus professores.
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