Meu professor do último ano ginasial.
Alto, esguio, olhos de um azul encantador.
Era judeu e ensinava matemática,
minha disciplina menos favorita.
Nunca me liguei à s exatas, detestava cálculos e contas,
mas o que mais me desesperava era a regra de três composta
não sei que nome tem hoje... Aquela virada de setinhas
azucrinava-me o juízo.
Mas, ao término do curso, Samuel veio ensinar geometria.
E ensinava de tal forma, que era difícil não entender.
Não sei se pelo encanto do professor, ou pela maneira que explicava as fórmulas,
comecei a ter gosto pela matemática.
Tarde demais!
Pois minha decisão pelas letras já estava definida.
E a "geometria daquela época" veio-me à lembrança,
há pouco, quando em uma pequena arrumação, dei com fotos antigas e ele estava lá...
As linhas dos olhos, boca e sorriso na composição de um triàngulo perfeito.
Saudades...
Minha classe era só de meninas e não havia uma que não suspirasse
por esse "Eterno Professor"...