Assisti, ontem, a entrevista do Diogo Mainardi no programa do Jó. Fiquei frustrado porque a produção dispensou apenas um bloco para a conversa do jornalista com o "gordo". Porque? Talvez a resposta esteja na postura da Rede Globo de ficar sempre em cima do muro quando o assunto envolve pesadas críticas (ou verdades?) ao governo federal.
É lamentável que a produção do Jó tenha privado o telespectador de desfrutar de, pelo menos, mais um bloco com o comentarista político e colunista da revista Veja que, sem meias palavras, mostra os bastidores do Planalto e do Congresso Nacional.
Num dos trechos da entrevista Diogo lembra que "a única vez que estive ao lado do Lula cometi um ato criminoso" ao comentar a greve dos bancários na época em que Lula era dirigente sindical e incitava, incentivava e apoiava as violentas greves de trabalhadores, da mesma forma que, junto com o PT, liderou diversos movimentos contra seus antecessores e hoje faz exatamente igual ou pior que os governos que antecederam o seu.
Diogo, sem papas na língua, grita, fala, critica, esculacha e coloca o dedo na ferida de forma ousada e corajosa, descortinando para o seu leitor as mazelas de políticos nefastos independente dos partidos aos quais são filiados.
Há quem não goste do seu estilo agressivo e prefira aqueles menos ousados e mais comportados (ou amordaçados)que trocam afirmativas por insinuações. Mainardi é diferente do que se vê nas redações do jornalismo político. Pelo menos, excetuando-se honrosamente Arnaldo Jabour, não nos deparamos, com frequência, com comentaristas políticos, por mais ousados que sejam, falarem abertamente em "fase deprimente e vergonhosa da vida brasileira, que foi a roubalheira lulista"; "conchavo para proteger o Lula"; "cofres do PT no exterior"; "cambada de larápios"; "contas de Lula no exterior". Frases estas que estão gravadas em sua entrevista para Jó Soares no ultimo dia 06-11-2007. (http://programadojo.globo.com/)
Odiado por politiqueiros nefastos e por uma minoria que não consegue (ou não quer) enxergar a realidade do país, Diogo marcha firme cumprindo com o seu papel: divulgando atos e fatos das maracutaias políticas dando, inclusive, nome aos bois. É isso aí Diogo! Pau neles!