Quem nunca errou que atire a primeira pedra. Quantas vezes já ouvi isso!
Talvez, o mesmo número de vezes que errei durante toda a vida. Ah, não sei não. Já errei tanto, tanto, que certamente, muitas vezes, eu nem percebi o meu erro, ou não permiti que percebessem ou, até, o denominei como simples engano. Mas não é exatamente por aí.
É certo que nossos erros, desde que observados e reconhecidos nos fazem melhorar, aprender, crescer. Claro! Se descobrimos onde está o nosso erro, temos todas as possibilidades de não reincidirmos e, assim, aprimorarmos o nosso modo de viver, evitando sofrimentos maiores, aborrecimentos, preocupações, prejuízos e dores.
Todavia, nem todas as pessoas pensam dessa forma. Consideram-se, de certa forma, perfeitas. Não aceitam seus próprios erros. Pior que isso, não admitem, sob hipótese alguma, que também erram.
Esquecem que são seres humanos e que, portanto, erram desde pequeninos. Quantas e quantas vezes nossos próprios pais, avós, padrinhos, irmãos ou tios calam-se ao descobrir os erros cometidos por nós, quando crianças, ou considerando uma gracinha, ou atribuindo à esperteza e inteligência ou, muitas vezes, tornando-se cúmplices do erro, escondendo dos demais familiares, apoiando sem mesmo perceber que estão incentivando outros erros.
Erros futuros, erros da vida adolescente e adulta, que ao serem cometidos, dessa feita em proporção muito maior, fogem à conscientização do prejuízo incomensurável que poderá acarretar.
Se o prejuízo é financeiro, há como recuperar. Possivelmente com desgastes, enfrentando problemas, momentos difíceis, mas recuperável.
Todavia, o prejuízo poderá ter uma dimensão muito maior. Poderá ser muito maior do que uma simples perda financeira. Poderá, sim, privar-nos da liberdade, o bem maior da vida; da saúde, que eu comparo ao mesmo valor da liberdade, porque não entendo saúde sem liberdade, nem vice-versa. Poderá tirar a alegria, com a perda de alguém muito querido. Poderá, enfim, arrancar um pedaço do nosso coração, a satisfação de viver todos os momentos de nossa vida, como se fossem únicos, trazendo-nos, assim, a felicidade.
Não há como não errar. Mas, sem dúvida alguma, há como se evitar erros, utilizando-se de outros já cometidos por nós ou por outras pessoas, gravando-os como verdadeira lição para que jamais sejam repetidos.