Agora, a gente que num dirige nada pode beber o dobro, em obediência à lei. Inda mais agora que o meu pintassilgo morreu cego do olho direito; mas não foi atropelado por nenhum bebum, foi de velhice.
Com esse consumismo que se alastrou no mundo todo, é fácil prever que os fermentados e os destilados vão sumir logo da praça; já que não podemos dirigir, podemos beber até mais tarde.
E, com a octanagem da gasolina enriquecida pela sacarinagem das misturas, vamos economizá-la, vamos beber mais ao pé da vaca, mais próximos das nossas moradias, livres de várias direções, sem sacanagem; por causa disso, o taxímetro não se mexerá, pois o valor da corrida de táxi da volta para casa não passará do fixado como bandeirada, tudo pertinho.
Mas nosso Presidente tem razão, temos que aumentar a produção, ser o celeiro do mundo. O radical oxidrila tem que ser multiplicado.
Por causa desse radicalismo oxidrílico, mais fácil é prever que as separações litigiosas vão aumentar; e os filhos abandonados vão buscar parceiros e parceiras para formarem seus grupos de fé-camarada; até que um dê o cano no outro, por causa desses empréstimos que se obtém para comprar suor-de-cana-torta e outras drogas...
Cano pra lá, tiro pra cá, a mídia continuará a idolatrar os herdeiros de Lampeão, a vender suas pasquinagens futebolísticas e a dar apoiamento a políticos de caixas dúplices.
Há bens, dinheiros lavados e votos que virão pra males...