Após inúmeros descasos e humilhações, Inácio põe fim à existência de sofrer e parte para outras ilusões. Talvez na esperança de alimentar-se pelo menos de sonhos.
Leva alguns poucos pertences e a certeza de que não mais voltará. O resto é lucro. Não se importa com riqueza, mas sim com dignidade.
Bem cedo, 5 horas. Todos dormem. Deixa em cima da mesa --, na qual, durante muitos anos, tomou o café da manhã -- este bilhete, escrito rapidamente; entretanto, com verdades irrefutáveis e muita convicção:
-- Graças a Deus ainda não estou com um pratinho nas mãos pedindo esmolas e implorando caridade; porém, se o estivesse (na vida, ocorrem fatos inesperados e até inimagináveis), você seria, certamente, o único ser humano que eu jamais procuraria.
Adeus! seja feliz com o que escolher e não se lembre nunca de que me conheceu."