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Cronicas-->SEM MEDO DE SER FELIZ -- 01/10/2008 - 07:42 (Maira Cervi Marques Fernandes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Passamos grande parte da nossa vida, insatisfeitos e reclamando das coisas. Lembramos sempre do que não deu certo, das oportunidades que perdemos, dos fracassos. E vamos levando a vida assim, desse jeito "mais ou menos", e responsabilizamos o destino, o cónjuge, os pais, os filhos, a vida. O ser humano tem essa capacidade, de colocar a culpa em algo externo, se livrando dela, como se não tivesse mesmo nada com isso. Somos sempre vítimas, principalmente de nós mesmos.
Esquecemos de que o tempo é precioso, de que a morte, querendo ou não, é uma certeza. Mas insistimos em arrastar todas as nossas decisões para amanhã, depois e depois. Sem saber se realmente teremos esse tempo. Não adianta "acordar" aos oitenta, e perceber a vida que não viveu. É uma constatação insuportável.
Deixamos a nossa vida de lado muitas vezes. Quando digo "nossa vida", "minha vida", "sua vida", estou falando no pessoal, individual, especificamente do "EU". O meu lado egoísta, mas que pensa em mim e atua para mim, sempre ao meu favor. É preciso ser um pouco egocêntrico para se perceber realmente como alguém que existe e que necessita SER. Não somos os protagonistas, mas sim os coadjuvantes da nossa própria história.
Tudo isso acontece sem querer, em nome de alguma coisa que consideramos mais importante do que a nós mesmos: o amor, a amizade, a consideração, a gratidão. Ninguém precisa deixar de "SER" para se relacionar. Não precisamos deixar-nos de lado para atender às vontades alheias, mesmo que pareçam justas num primeiro momento. Devemos sim, nos doar, mas sem reprimir a nossa forma de pensar, agir, falar e ver o mundo. Devemos nos colocar sempre em primeiro plano. A nossa vida é única e pode ser maravilhosa se não for tratada com tanta negligência e desrespeito.
Não podemos olhar o mundo com os olhos do outro. É o nosso olhar individual e pessoal que nos faz seres únicos e especiais. Quem perde esse olhar, perde a si mesmo. Perde a referência e a identidade. Não se reconhece com o tempo e passa a não ser ninguém. Apaga-se, perde o brilho. O que em grande parte dos casos leva-nos à tristeza, depressão e ao adoecer.
Temos que perder o medo de ser feliz. Acreditar e buscar tudo aquilo que queremos e merecemos. Ninguém nasceu para a infelicidade e o fracasso. Somos todos sujeitos às adversidades, mas também temos a capacidade de superação, adaptação e a criatividade. O que nos coloca sempre numa posição ativa e desafiadora diante da vida. Pense que não existe o certo e o errado, mas sim o que é bom ou não pra você. A escolha é sua!
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