O governante proletário: fama, poder, dinheiro e corrupção
Do Observatório de Inteligência
Por Orion Alencastro (Ago08)
A histórica caminhada do Partido dos Trabalhadores, de 1982 até as eleições do operário e líder sindical Luiz Inácio da Silva à Presidência da República Federativa do Brasil, em 2002, foi motivo de euforia, delírio e glória para os aliados comuno-socialistas que se auto alimentavam do sonho da ditadura do proletariado em nossa Pátria.
Ao conquistar pelas "urnas da democracia" o exercício do poder de governar, na contra-mão da esquerda, o país que outrora liderou o levante sub-continental contra o Movimento Comunista Internacional na América Latina, pretendeu encarnar a alma do operariado tupiniquim e, ostentando a bandeira vermelha, teve o ousado desplante de apunhalar a ingenuidade e as crenças dos seus inspiradores companheiros que dizia representar.
Uma vez alcançada a rampa do Palácio do Planalto, acomodado no conforto da sala de Chefe do poder no 3o. andar, louvou as "zelites", curvou-se aos sedutores banqueiros nacionais e rendeu-se à máfia financeira internacional, um dos pilares do controle externo sobre o direito de auto-determinação da nação brasileira.
Assim, estava selada a farsa do seu governo para a facilitação da ganància corporativa e a feliz trajetória da hoje enriquecida família Da Silva, nódoa da corrupção retratada na mídia, no ministério público, nos anais do Congresso Nacional, nos processos do Judiciário e nos registros sigilosos do Estado.
Retrato perfeito do embusteiro governo petista
Mikhail Bakunin, o anarquista russo do século XIX (1814 - 1876), apropriadamente empresta seu pensamento para melhor expressar a metamorfose dos falsos operários que insistem em ludibriar a opinião pública com o aparelhamento do Estado, apoiados pela audaciosa e cínica máquina governamental de propaganda política:
"Assim, sob qualquer àngulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Esta minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e por-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado: não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana."
Não se descarta que Tarso Genro tenha assumido o papel de "cobra mandada" para tirar da mídia os episódios VARIGLOG, Daniel Dantas e o envolvimento do Governo com as FARC, desviando o foco de atenção para a polêmica de retoque na Lei da Anistia.
Onde estão os Petistas?
Após as inovações, muitas oportunas e de interesse social, com visibilidade nos primeiros anos do primeiro mandarinato de Luiz Inácio da Silva, aflorou na mídia e repercutiu no Congresso Nacional o saboroso melado político para petistas e agentes externos. Descobrira-se o rastilho do mais refinado mel de artimanhas políticas, salpicando a mídia internacional com os sucessivos escàndalos de corrupção, que desmistificaram a projetada índole de probidade e modelo de virtude dos notórios militantes do Partido dos Trabalhadores que, paulatinamente, foram saindo de cena.
A retirada das carrancas de proa, notadamente do senador bigodudo, é estratégica e tática. Todos os figurões reeleitos e os que perderam ou não conquistaram mandatos eleitorais fingem-se de mortos para não se estigmatizarem pelo uso da estrela vermelha da corrupção.
Vários companheiros estão sub judice. Outros, camuflados, aguardam as boas novas e as "boquinhas" dos eleitos de outubro de 2008 para encherem os pulmões na jornada de 20l0.
"Cumpanhêros" endinheirados
Os Petistas, a exemplo do hoje magnata ex-Ministro Chefe da Casa Civil - membro da organização de sustentação subterrànea do chefe da nação -, denunciados pela Procuradoria da Republica à Justiça, vão muito bem obrigado, desfrutando de amplo relacionamento com os aparelhadores do Estado e administrando seus bens.
Encontram-se acomodados e enriquecidos via ONGs e BNDES, projetos de incentivos à cultura, assegurados em terras respeitadas pelo MST, gerenciando indústrias de metanol no Caribe, proprietátios de transportes aéreos, lavra de ouro e valores no exterior. Expressivo número de companheiros foi ajustado como fornecedores do Governo, enriquecendo como supridores ou prestadores de serviços "privilegiados" à poderosa mãe PETROBRAS.
Rachid, companheiro de viagem, etilicamente exonerado por telefone pelo Chefão, ao não concordar em anistiar o débito superior a 200 milhões de reais da empresa amiga Gradiente. O ex-secretário da Receita Federal tem o pescoço do mandante nas mãos. Conhecimento é poder.
Santos do pau oco que ludibriaram a opinião pública com propostas e projetos partidários, ancorados em 10 partidos capachos do governo. Enganaram, e continuam enganando pela via do processo gramscista, impedindo a conscientização de indefesos brasileiros que se iludiram com a imagem de trabalhadores que se fundiram num partido. Hoje, o PT é dirigido por bacharéis e cidadãos que se valeram de ajustes de facilidades com governos municipais, estaduais e o da República, maculando-se pela corrupção e enredamento como crime organizado.
Os petistas e periféricos não morreram, continuam transmutando-se em larvas vermelhas, tentando novas oportunidades de alastramento, trabalhando para a anistia do governo mais corrupto da história, hoje, conceitualmente manchado pelo envolvimento palaciano com as narco-guerrilheiras FARC, ameaçados pelas investigações da polícia federal, sempre interrompidas quando os indícios sobem a rampa do palácio que abriga o poderoso Chefe.