Número do Registro de Direito Autoral:131103324949145200
Monteiro Lobato faleceu no dia 04/07/1948, mas, como escritor, permanece vivo para leitores de todas as idades que procuram as suas obras.
Lobato honrou o ofício de escrever, humanizando situações e personagens da sua época, traduzindo, através de suas histórias o bom humor e a afetividade na vida humana.
Conseguiu transpor para os livros, a arte da diplomacia nas relações humanas, e trouxe humanidade para os problemas sociais de sua época. Num tempo em que o negro era escravo do branco, considerado inferior, Monteiro Lobato deu-nos de presente a personagem negra "Tia Nastácia", que era amada e querida por todos os habitantes do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Nas suas histórias, não haviam brancos e negros se relacionando, mas seres humanos dividindo as alegrias e tristezas de uma vida em comum, de uma época em comum.
Crianças, animaizinhos domésticos e personagens como a boneca Emília, o Visconde de Sabugosa e vovó Benta, misturam-se em histórias alegres e humanas, onde afeto e ternura se mesclam com momentos de aventura e de interesse pela vida.
Monteiro Lobato escreveu sobre a vida, sem a intenção de transforma-la ideologicamente, pois quis demonstrar que o ser humano pode (e deve) conviver afetivamente em todas as situações individuais e sociais.
Realmente, a leitura de Monteiro Lobato é para mentes de todas as idades e de todas as épocas. Seus personagens, lutando contra todo tipo de injustiça, encantam e traçam exemplos para o idealismo que está latente em toda a criatura humana.
As situações lobatianas não são de nossa época, mas o humanismo atravessa o tempo e é capaz de formar mentes sadias e humoradas, num tempo que parecer ter perdido o encanto da simplicidade.