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Cronicas-->NÓS PODEMOS? -- 20/11/2008 - 17:20 (Alberto Batista) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
NÓS PODEMOS?

Alberto Batista

batistaxx@gmail.com
www.usinadeletras.com.br
institutoagontime@yahoo.com.br

O que nos faz pensar em eleger um Presidente afrodescendente no Brasil? Talvez pela febre Obama no mundo afora motivando a quebrar um tabu no nosso país, esse mal que aflige os afrodiasporanos, pois é, afrodiasporanos... Aqueles cujo vieram forçados à América do Norte,Central e América Latina, inclusive para o Brasil, não por vontade própria, na qual seria afros descendentes,Os descendentes de africanos que deixaram suas heranças culturais sem serem oprimidos ou chicoteados pelo capitao do mato, dos senhorzinhos e sim, querendo deixar algo ao longo da história da humanidade, nao essa essa falsa afrodescendencia que por vez é uma indescencia racialista na qual vendiam os africanos como mercadoria barata.
A realidade dos negros no Brasil é visivelmente silenciosa. Talvez aqui, talvez ali, uma zuada para estremecer a base do governo e da sociedade em escutar seus protestos. Ao contrário dos direitos civis nos anos 60, dentro dos EUA, os negros subiram de classe e atingiram um patamar na classe média americana, com aprovação da elite branca, transportando poderes aos afro-americanos.
Em relação ao Brasil, a história somente lembra os afros brasileiros como subalternos, escravos de uma classe pobre a excluída, por exemplo, entre dez brasileiros presos oito são negros, entre mulheres espancadas pelos maridos sete são negras, entre a juventude transviada nas ruas em sua maioria são jovens negros (as), entre o trabalho doméstico também em sua maioria são negras, e aí vem a pergunta que não quer calar: Nós podemos?
Ainda existe a relação entre outras raças. Bem, no Brasil não existe uma raça, mas sim, uma miscigenação delas... Tudo balelá! Claro que existe! O que nos falta é assumir a qual raça pertecemos e qual queremos ser, dentro de uma estética hedonista. O paradoxo disso tudo é dizer lá fora nos estados unidos que é branco, com pigmentação escura. Sendo que a raça branca não tem derivação, só o "negão" tem derivações de cor: moreno, mulato, pardo. Para a classe de cientistas só existe uma raça... A humana... Uma verdadeira utopia conceitual.
Podemos dizer que a eleição de Obama foi um efeito do "lulismo" no mundo, que culminou na eleição de Evo Morales na América Latina e a eleição da esquerda na Europa. Enfim, o "lulismo" na sua origem, pertence ao nordeste. Porque no nordeste brasileiro, existe a maioria dos excluídos do país, eles que migram para o sul, eles que são a maioria de negros (as), onde passam por miserabilidade e que precisa de ajuda da sociedade, a seca do nordeste, a desnutrição, enfim. A própria bolsa família.
"Obama é bonito, jovem e ainda está bronzeado" Belusconni. São esses alguns termos pejorativos que ele vai ter que enfrentar nesse mandato de Presidente dos Estados Unidos, mundo afora. No Brasil, esses termos não existem, apenas uns apelidos aos "neguinhos" tipo "picolé de asfalto", "macaquinho", "caroço de ata". Dentro de uma normalidade característica de um país miscigenado que, não existe discriminação ou preconceito exagerado, isso é coisa de preto, que briga por tudo. Mas esses pretos que brigam pelos seus direitos civis, são apenas minorias na sociedade que, enxerga sua diáspora africana.
Será que nós podemos? Nossa luta é, a aceitação da nossa raça, talvez nossa estratégia para alcançar o poder, passe pela multiculturalizaçao, através de nossas danças, nosso canto afro, nossa cultura popular com o propósito de um novo século para um Brasil melhor, e deixar de lado a comemoração alheia, conseguindo romper a escravidão suave que nos atingi de forma perversa e desumana, no ontem e no hoje. Entender a diferença pode ser uma solução revolucionaria que, passa pela revolução da educação no Brasil, pois ainda estamos hibernando de quanto tempo vai durar essa ditadura albificada, dentro de um reservatório racista.
A única coisa que brasileiro deve fazer é, definir como brasileiros e não imitar os outros de fora, já somos alegres e contagiantes. No dia em que a classe dominante empoderar os afrodiasporanos, respeitando suas diferenças para então assim, aproximar das raças em igualdade nesse mundo globalizado e dizer assim... Nós também podemos.




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