Obrigado, amiga. Visitou os meus escritos de ontem, domingo? Que achou?
Quando falou em mudar de roupa, Lembrei-me de minha mamãe. Num apartamento, 6º andar, morávamos ela, eu e a auxiliar doméstica, à qual tínhamos toda a consideração. Só nos deixou ao se casar. O prédio central, próximo de tudo: comércio, clube, banco, mercado, escola, igreja, posto de saúde , táxi e mais.
Logicamente, mamãe descia 3 ou 4 vezes (entre manhã e tarde) para fazer algo na rua. Mulher muito bela e vaidosa, trocava de vestido todas as vezes que tinha de sair. Os porteiros, com todo o respeito, comentavam:
--- Puxa, como dona Maria é vaidosa!
Reconheço que ela estava certíssima. E você , com gesto sincero e simples, me fez recordar momentos tão felizes que passamos juntos.
A vida era um sonho; eu, pode imaginar, considerava-me rei (talvez para ela eu fosse).
Lembro-me de que um dia, no almoço, perguntou:
--- Não vai casar?
Respondi-lhe que não estava pensando nisso. No que ponderou:
--- É bom que comece a pensar. Estou ficando velha, e talvez precise de alguém que assuma a responsabilidade que tenho tido. Já pensou se eu me for?
Na realidade, tinha 33 anos. Sensibilizado com as suas palavras, começo a pensar em casamento. Aos 34 anos, casei-me (para minha felicidade maior) com moça de quem ela gostava e que namorava há algum tempo.
O soneto Lembrança (Saldunes, p. 61) originou-se de confidências que me fez.
Quando comentam as plásticas da ministra Dilma, fico preocupado. Aliás, já lhe fiz umas 20 poesias. Estão no UL. Viu-as? Primeiro, nem precisaria; segundo, se pode melhorar, por que não o fazer; condições económicas deve ter tranquilamente.
Claro: inteligência a minisra tem de sobra; com visual novo, essa capacidade agradece e vai melhorar.
Enfim, a mulher tem o dever de abrilhantar (mais ainda!) a visão do homem e este, sem dúvida, não a esquecer.