Obrigado, querida. Você foi muito feliz ao recomendar-me que não divulgasse o soneto.
Por gentileza, avise-me sempre que houver motivo igual. Seu pedido é extremamente importante. Às vezes, por simplicidade (ou até por ingenuidade), posso publicar algumas coisas indevidas. Mais uma vez, agradecido.
Veja o contraste entre mim e você. Nuca saí do meu País. Conheço todas as nossas capitais, que, trabalhando, tive o privilégio de visitar. Recém-admitido na empresa, há quase 40 anos, eu trabalhava com uns senhores muito cheios de medalhas. As viagens sobravam para mim, porque eles simplesmente diziam que não desejavam ir. Nada lhes ocorria, nem de leve. Quando as meninas eram pequenas, por ocasião das férias escolares, estive em mais algumas.
Não falo nenhum idioma. Tenho ciência de alguma coisa por curiosidade. Sou de família pobre. Iniciei-me no serviço aos 10 anos e meio graças ao ex-Presidente Getúlio Vargas. Dia 17 de janeiro deste ano completei 53 anos de carteira profissional assinada, tudo com averbação do INSS. Tive licenças pouquíssimas, graças a Deus! Ao necessitar de um dia ou dois para ocupações particulares, prefiro sempre compensar com horas extras.
Ao concluir meu primeiro curso superior, não havia pós-graduações em Brasília. Isso ocorreu somente no início de 1970. Comecei a lecionar nas faculdades simples que começavam (hoje verdadeiras cidades universitárias, com cursos de mestrado e até de doutorado). Numa fiquei 27 anos, noutra apenas 12. É claro que aproveitei a experiência de tantos anos em cursos primários e ginasiais. Por que não dizer? até de alfabetização. Tudo o que fiz foi por absoluta necessidade de garantir o sustento, mas impregnado de seriedade e de amor.