Este amor dessa criatura por mim é algo muito especial.
Como mãe e filha... "Mãe de cadela, cadela será!"... Dirão as más línguas, sempre dispostas a colocar malícia em tudo.
Que me importa? Somos puras, eu e Bia... De um carinho tão doce que chega a melar...
Você que me lê e "tá nem aí" para animais, deve estar rindo e fazendo cara de enfadonho. Ah! Ah! Ah! Eu é que rio de você.
Sabe por quê? Não?! Evidente que não sabe, porque não tem essência, não enxerga um palmo adiante do nariz.
Esse nariz de palhaço que só tem olfato para o próprio cheiro: de azedume, de ignorància, de falta de sentimento...
Cruel, eu? Não... E vou te contar a razão.
Dia desses, uma nova vizinha parou no meu portão, com uma menininha de uns quatro anos... Bia adora crianças. E como não sabe falar, manifesta sua expressão latindo, evidentemente. Foi o que ela fez, com veemência quando viu a gracinha com sua mãe, parada ali, quase ao alcance de seu focinho... A mãe, temente, segurou a criança no colo e afastou-se uns dois metros! Minha pastora ficou fula da vida e latiu, agora, com mais vigor, reivindicando a presença da menina... Esta esticou os bracinhos, querendo tocá-la também. E cada vez, Bia aumentava o tom de seus latidos. Cena dramática, para os passantes. E sofrida, para a cadela e a menininha.
Até que surgiu uma outra menina, quase da mesma idade, vizinha criada por ali, chegou-se ao portão e agarrou minha imensa cachorrinha pelo pescoço, entre beijos e afagos que redimiram a insatisfação de meu bibeló.
Diante dessa demonstração, a mulher deixou que a filha, a esta altura, roxa de ansiedade, de tanto pedir para chegar perto, afagasse os pelos de minha canina, que se abaixou, colocando as patas pela grade, para que sua nova amiguinha brincasse com ela.
Mandei que entrassem, mãe e filha, para tomar um cafezinho. Podem imaginar a festa que se seguiu, não?
Pena que no momento, nem me ocorreu fotografar o evento.
E você ainda "se acha gente"... Gente... é Bia que vai te adorar se você, por um desses acasos, chegar no meu portão.
Acho que já contei, mas vou repetir... Bia, em oito anos, comigo desde os trinta dias de vida, nunca ficou doente...
O que me fez concluir que "doença" é carência, está em nossa mente e se somatiza no corpo.
Experimente AMAR, sem condição... Verá que nehuma doença se aproxima... Experimente!
Ah... Tire um tempinho e veja o filme "Marley e Eu". E se dê uma chance de relaxar e ser feliz... De verdade! Vai! Ou então leia o livro, que é mais completo.