Seus criadores virtuais juram de pés juntos que eles foram criados horizontalmente por Antónia e Cassiano. O nome artístico advém dos nomes próprios, já que com a junção do segundo nome, Júnior, não ficaria bem. Vejam que horrível seria chamá-los:
- Com vocês, Júnior e Júnior.
Ou então:
- Os Juniores
Ou pior:
- Júnior ao Quadrado.
Bem vamos deixar de falar bobagem e narrar um pouco do que eu leio e ouço na mídia sobre a dupla. Estão no terceiro CD, ambos recordes nacionais de vendas. Em seu DVD há participações especiais de Cássia Eller, Tim Maia, Cazuza e dos internacionais John Lennon e Bob Marley, que eles chamam carinhosamente de Jon Jon e Bobó.
Entrevistei quatro duplas de renome e um cantor sem nome, aliás, sem renome nacional. Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Bruno e Marrone, Castanha e Caju e Osni da Bossoroca, que não se cansaram de tecer elogios a eles e proferiram frases que guardei com muito carinho: "Eles são a maior dupla do Brasil"; "Sem eles nossa canção estaria fadada ao esquecimento mundial"; "Eles só não são maiores do que os jogadores da NBA, pela pequena diferença salarial e grande diferença de altura"; "Sou o fã nº. 2132 porque meu ónibus atrasou!".
Li que no próximo DVD eles convidarão cantores e duplas já um tanto esquecidos pelo povo. Participarão: Adoniram Barbosa, Paulo Sérgio, António Marcos, Cascatinha e Inhana, Alvarenga e Ranchinho e a maior dupla caipira do Brasil: Tonico e Tinoco.
Segundo Toninho e Cassião: "Quem lembra dos esquecidos sempre será lembrado".
Listaremos as músicas que fazem parte do último trabalho dessa fabulosa dupla: 1 - A lenda da lêndea. 2 - Óculos sérios são aqueles que não fazem grau. 3 - Blues são seus tristes olhos azuis. 4 - Eu queria ser um porco. 5 - S.E.R. Veja não é cerveja. 6 - Não somos propaganda enganosa. 7 - Xexéu, o menino que tinha cheiro de shampoo. 8 - Hou, hou, hou, eu não sou coelhinho da Páscoa. 9 - Minha carteira fugiu com o dinheiro. 10 - Traga sua tia que o carteiro já chegou. 11 - Nós não semos cachorro, não. 12 - O pé de pano de cetim. 13 - Como amassar o pão para o diabo comer. 14 - O dia que terminou na noite. 15 - Não sou anarfabeto, sabo ler e esqrever. 16 - O apressado come anus, com acento circunflexo. 17 - Me deixe, mas encha o copo. 18 - Crássico é crássico, e Framengo é Framengo. 19 - O equalizador não equalizava. 20 - Deus ajuda a quem pede socorro. 21 - Motoquinha envenenada (som original). 22 - Jesus Negão (dance music). 23 - É nos cabeludos que os carecas gozam. 24 - Somos espadas.
A dupla canta, toca guitarra, piano, contra-baixo, percussão e ainda bate palmas. Adriano Poliba e Wilson Fuinha Cinza acreditaram neles e produziram essa pérola da música brasileira. Além de ser um dos produtores, Poliba participou com sua voz esganiçada nas faixas: "Eu queria ser um porco" e "É nos cabeludos que os carecas gozam".
Todas as músicas foram compostas pela dupla, exceto "Jesus Negão" escrita por Black Jesus, "Hou, hou, hou, eu não sou coelhinho da Páscoa" de Gustavo Medeiros, "A lenda da lêndea" que Heyder Lentz fez coçando bastante a cabeça, "Traga sua tia que o carteiro já chegou" foi escrita a quatro mãos, por Thiago Vieira e sua tia que preferiu ficar no anonimato e "Me deixe, mas encha o copo" escrita por Fábio Soriedem entre um gole e outro.