Usina de Letras
Usina de Letras
114 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62744 )
Cartas ( 21341)
Contos (13287)
Cordel (10462)
Crônicas (22563)
Discursos (3245)
Ensaios - (10531)
Erótico (13585)
Frases (51133)
Humor (20114)
Infantil (5540)
Infanto Juvenil (4863)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141062)
Redação (3339)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6296)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->É SÓ QUANDO O VENTO SOPRA -- 09/09/2009 - 19:44 (thiago schneider herrera) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É só quando o vento sopra. E se eu puder escolher que seja de noite. Dois ou mais vagões se partem, e partem mesmo assim, partindo, partidos, e fico na estação, eu e meus eus, enfim, sozinhos. As somatórias dos atos nos transformam quem sempre só optou em somar, mesmo que solitariamente, até no fim. Mesmo em papel milimetrado erramos o traço porque humano somos. E se você prefere o certo, o calmo e o senil, eu insisto e prefiro a novidade, a avalanche, até a frase: é tarde demais! Já foi feito, e o recomeço é novamente o começo de novo, de tudo, de novo, novamente. Sou e serei um eterno desadaptado com essa sociedade inversamente patriótica, convenientemente disposta, torpemente ignóbil, embaraçada nas entrelinhas rasas e cómodas, que se defende de tudo com armas, palavras, punhos, suando enxofre e cuspindo falsos e fétidos escrúpulos. A minha relutància vem de dentro, do mais sereno e plácido, e quando na boca, se transforma em vigor e subversão. Não me identifico com robustos homens de bigode, que dirigem languidamente seus carros esporte, que fingem uma religiosidade avulsa e descartável, que fumam charutos, que falam de suas frutíferas empresas economicamente consolidados, que coçam a bunda com a chave do carro, que andam plenos e satisfeitos entupidos de carne de primeira, de champanhes caros, de ódio e pavor, que mamam na teta dessa sociedade falida e demente, que se entopem dela, que sucumbem a ela e que destrói ela. Não me venham mais com suas verdades fáceis, compradas em bancas de jornal, em lojas de conveniências, em puteiros glamurosos. Vomite sobre seu seboso vizinho, não aqui.

T.S.H.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui