Professor, mestre, e autor de livros técnicos, vivendo embaraços profissionais no trabalho, recebe de amigo, de primórdios escolares, algumas sugestões.
Caro fulano, reflita sobre estas simples variáveis, que lhe são transmitidas com seriedade e intuito de que o auxiliem:
a) ouça-os mais (muito mais!) do que fale;
b) supercalma (nunca se irrite), use tom audível, absolutamente técnico e amistoso;
c) se precisar, falte à universidade (os alunos compreenderão a falta, mesmo porque você tem condições de repor as aulas e não os prejudicar);
d) aguarde-os até dizerem que a reunião será outro dia ou liberarem você do expediente;
e) não confie nos puxa-sacos, que nada sabem desse importante assunto que tenta desenvolver, mas gozam da simpatia dos superiores (coisa muito frequente no campo da ganància e no descalabro dos interesses oblíquos);
f) discuta, sim, as nunces várias, sem paixão; todavia, com técnica e sabedoria - o que você tem de sobra;
g) jamais os conteste. Escute-os atentamente (e registre);
h) aponte-lhes: as grandes empresas que já têm experiências felizes no caminho que você defende;
i) examine, com caultela e visão de primeiro mundo, tudo o que propuserem;
j) se você quiser e for o caso, posso ajudá-lo no preparo de relatório individual.
Imagino (tomara esteja errado!) que estão com má vontade e testam-no, não tecnicamente (não têm capacidade para isso), mas no plano emocional: querem minar-lhe a paciência. Você, que é mais jovem e detém mais saber, não os deixe fazer isso. Leve tudo na calma, muita calma e técnica acima de tudo, porque contra o conhecimento científico é difícil posicionar.
Ditadores, desonestos e vaidosos há em qualquer lugar. Entretanto, todos eles têm o fim merecido - ainda que demore.