Prezado amigo, muita gente culta condena o uso de presidenta. Entretanto, deve esquecer-se de que a Lei 2.749, de 02/04/1956, promulgada pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek, ainda em vigor, dá norma ao gênero dos nomes designativos das funções públicas. A presidenta Dilma está correta.
Caríssimo, há: governanta, infanta, elefanta, giganta, parenta etc. Há, também, soldada, sargenta, capitã, coronela, generala e até marechala. Lembre-se de: médica, jardineira, professora, datilógrafa, bióloga, atriz, matemática, geógrafa, musicóloga e outros. Sem dúvida, com outras terminações. Evidenciam, contudo, que o feminino é cabível.
O fato de os adjetivos terminados em "nte", em português, serem uniformes não impede o uso de presidenta.
Mais tarde, os dicionários vão abonar e registrar essa forma, que não é errada. Você sabe disso: quem faz a língua é o povo, e os dicionários apenas consignam o evoluir, logicamente atentando para todos os aspectos. Não é Ã toa que se grafa atualmente controle em vez de "controlo", muçarela, em vez de "mussarela", e por aí vai.
Uma pergunta: por que não se reúnem os estudiosos para apoiar a presidenta em vez condenar o uso de expressão legal.
Com a estima e o abraço do
Benedito
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(*) Em resposta a esta mensagem, recebida, por e-mail, em 21/09/2011:
ATÉ QUE ENFIM ALGUÉM ESCLARECEU. NÃO AGUENTO MAIS ATÉ MINISTRO DE ESTADO FALANDO "PRESIDENTA", VAMOS DIVULGAR!
A presidenta foi estudanta?
Uma belíssima aula de português.
Miriam Rita Moro Mine - Universidade Federal do Paraná.
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionarem à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, Ã pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha.
Diz-se: capela ardente, e não capela "ardenta" ; se diz estudante, e não "estudanta" ; se diz adolescente, e não "adolescenta" ; se diz paciente, e não "pacienta".
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta.
Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".
Por favor, pelo amor à língua portuguesa, repasse essa informação..