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Cronicas-->Eu entendo um pouco de terapias alternativas -- 25/04/2001 - 00:18 (Samuel Ramos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cheguei um pouco mais cedo da labuta outro dia. Deu tempo de ver um pouco de televisão antes de sair de novo. O horário das 18 horas e 30 minutos era uma incógnita prá mim em termos de tevê, que tipo de programa haveria nessa faixa horária. Haveriam mulheres nuas? O Aqui Agora ainda existe? É verdade que a Sandy beijou o cineasta que deu um cano com o filme do Cható? Eram perguntas que não calavam.

A maior surpresa para mim foi saber que o Malhação ainda existe, claro, com personagens bastante diferentes da última vez que eu tinha visto (coisa de uns 2 anos atrás), mas com um enredo bastante parecido: aborrecentes e seus conflitos pessoais e familiares: a primeira tanza, a primeira supada, a primeira gonorréia e todos aqueles clichês "minha mãe é homem e quer usar minha cueca, que faço?". Boof.

Foi aí que um ar sessentista "flower power" me surge na tela. As cores, as matizes, tudo lembrou os tempos fortes do ácido lisérgico. Cheguei a pensar que meu leite com (ui!) Quick (de morango, de morango) tinha sido trocado por ahayuasca. Lembrei de alguma propaganda de incensos ripes como diria meu pai. "Compre e entre em alfa". Foda era a música, entrar em alfa com John Lennon já é difícil, agora com Paulo Ricardo só matando. Ou morrendo. Já me preparava prá xingar os ripongas modernos taquiospariu, cambadeputo , que nada, era a novela da Sandy.

Veio a abertura, conversa vai, conversa vem, vi o cara aquele que era a Sarita numa novela passada posando de machão à lá Edu Moscovis (por que diabos machões de novela tem que ter barba de mecànico, coçar as bolas em público e se vestir como capacho?). Aí veio depois um rapaz, carinha de bom moço, quieto como guri mijado como dizem nos pampas, pura ingenuidade, massageando a cabeça da loira que tava com enxaqueca. No meu tempo dor de cabeça era desculpa prá não rolar sexo, agora é pretexto. Tá bom. "É que eu entendo um pouco de terapias alternativas", diz o frangote. Ah tá.

Eu já escovava os dentes para sair, veio a próxima cena. Reunia-se mais uma cambadeputo no cenário, junto a eles um quadro bem grande: "Nenhum ser vivo deve ser aprisionado". Desliguei a tevê, meio correndo tentei abrir a porta, já estava um tanto atrasado. Nada. A porta emperrou, não abre. Tentei uma, duas vezes. Nada. Voltei pro sofá e liguei a tevê de novo. Nada de ser aprisionado. Será que já morri?


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