Campanha cidadã.
1Temos muita sorte! Não temos vulcões, tornados, neve, nem furacões! Mas somos um povo doente - sem vontade der viver um mundo melhor do que já temos - que só fala em doença, tanto na família, como no trabalho e durante o lazer. Por quê? Eu lhes digo porquê! Porque nunca fomos capazes de levar essa campanha até o fim: vamos parar de jogar lixo na urna, gente! Porque é da urna que surge todo tipo de doença, de tanto lixo que nela já jogamos! Além da ficha limpa dos candidatos, vamos deixar nossas urnas limpas! Vamos nos proteger de tanta enxaqueca, tanta tosse, tanta bronquite, tanta dengue, tanto pólipo.
Já não conversamos mais, apenas falamos dos nossos tantos males dos ossos, do cérebro, dos olhos, dos ouvidos, do nariz, da boca, do coração, dos rins, do fígado, do pàncreas, e do orobó; e a mídia já descobriu que nós gostamos desse tipo de campeonato brasileiro.
É possível que, brevemente, queiram que paguemos para ver aquele doutor explicar como fica a próstata do eleitor depois de cada eleição; a continuar desse jeito, futuramente, o eleitor deverá portar máscara contra gases ao se aproximar da urna.
Caramba! É na cabeça de cada eleitor que está o melhor remédio para todos esses nossos males; eles já se transformaram em moeda corrente - mais que real - nas nossas interações sociais. Isso é uma "loucura", saibamos usar nossas faculdades mentais, caramba, pelo menos na hora de votar. Não transformem suas urnas em caçambas!
Eu, maior de 70, mesmo assim, prontifico-me a ajudar a escolher. É somente saber escolher, gente! E, Ã s vezes, conforme o caso, nem escolher é preciso! Vamos evitar falar em doença, vamos votar contra nossas doenças e contra mentes que nos adoecem! Ficha limpa, urna limpa, minha gente!
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