Minha vida em retalhos (II)
EM BUSCA DO AMOR.
Ana Zélia
Por que tanta loucura? Tanta paixão?
Se tenho em mim pulsando um coração sedento de amor.
Por quê?
Sonhei um dia ser a mulher mais amada.
Busquei amor como se fosse tudo.
Não era nada.
Quis ser estrela para brilhar nas noites escuras e clarear teus caminhos,
Tua estrada a mim.
Olhei no espelho, não era estrela.
Se a tinha estava opaca, sem brilho, apagada.
Invejei Vênus ou Estrela-Dalva, quis ser a Lua, ter um homem só meu;
Mas a Lua distante esnobava o cavaleiro montado em um cavalo alado.
Quis ser uma gotinha d´água em meio ao oceano; mas o mar não precisava,
Água era o que ele mais tinha.
Quis ser uma ÁGUIA para voar bem alto, atingir as nuvens e alcançar você,
Mas onde moro não existe o pássaro almejado.
Pensei ser um bem-te-vi que vive nas árvores,
é pássaro de todas as áreas urbanas, r
Ele está nos pedestais, mangueirais, telhados, nos postes, em todo lugar.
Seu cantar anuncia a chegada do sol, após a chuva, é animado e transmite alegria.
Como sê-lo se ele é livre, por ser frágil, não vive em gaiolas,
Preso não canta, morre.
Sonhei ser um dia a amante querida, estava enganada.
Eu amava e não sabia se era amada.
Homens! Quanta dúvida!
Tão frágeis, carentes, inocentes, maus...
Seres repletos de emoção, carinho, atenção.
Um elo de paixão, ternura, ilusão.
Ana (24.03.1992)
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Nota da autora- Continua meu diário, minhas Cronicas,
minha vida em retalhos. Eminentemente romãntica, me perdi nas encruzilhadas da vida. 05.03.2013 (Ana Zélia)