Quando as necessidades do povo apertam muito, tem-se a desculpa (além da costumeira corrupção e da habitual falta de recursos):
A responsabilidade é do governo federal, que afirma ser do estado, que diz ser do município, que indaga: "De quem é, afinal?"
Alguém diria:
- De todos.
Outrem, com revolta, blasfema:
- De ninguém.
Mais um, brincalhão; contudo, sem esperanças, assevera:
- De políticos inescrupulosos.
E o homem comum, resignado, termina aceitando:
- A responsabilidade pode não ser minha, mas o erro é meu sem dúvida nenhuma: votei errado e continuo pagando corretamente todos os meus impostos e congêneres.