Prédios altos, inúmeros andares avistam o progresso de cima sem raízes. Voam cada vez mais altos, fechando espaços, desconectando o céu do chão. O chão, base das estruturas de concretos por onde o homem tenta atingir o apogeu, tornando visível o que não necessita de alturas.
O chão parece sufocar a ideia de vóo. Nele não há como fugir das passadas obrigatórias da vida. O solo que sustenta toda essa estrutura, sustenta as vidas secas que vivem a flutuar pela ausência de tantos eus que guardam em si, verdadeiros tesouros de infinitas experiências.