Eram 19h de 16/01/2017. Os netos Rafael (10) e Mateus (3) se encontravam na minha casa, com a vovó, fazendo aquela algazarra.
Bianca (11) não estava, no momento, porque havia ido ao shopping com a mamãe para almoçar e fazer pesquisa de preços de alguns produtos. Os meninos não quiseram ir. Preferiram o aconchego do nosso lar.
Muitas diversões (lógico, dentro do permitido, são os donos da casa).
Mais tarde, na Sala de TV, assistiam ao filme "Vida de insetos". Com todo o carinho e habilidade peculiar, vovó entremeava palavras delicadas e espirituosas.
Temos auxiliar doméstica que, graças a Deus, está conosco há mais de 10 anos. Chama-se Ivete. Trata os meninos com todo o amor. Parece-me que até exagera: com seu salário, que não é muito grande, faz questão de presenteá-los nos aniversários natalícios.
Assim, com simplicidade e carinho, gera certa afinidade com eles. Quando o Mateus vai entrando em minha casa, a primeira coisa que fala é:
─ Cadê a Vete?
E isso ocorreu da última vez. A Telma com toda a atenção disse:
─ Está de férias. Viajou. Vai demorar muito para voltar.
Outras palavras são ditas de maneira delicada e mais para passar o tempo.
Já cansado de assistir à TV, fala:
─ Vamos fazer uns doces?
Na sua linguagem infantil, queria dizer "bolo" em vez de "doce". É explicado até certo ponto, porque a Telma sabe prepará-lo muito bem: depois de pronto, coloca calda de chocolate em cima da massa, fica realmente muito bom!
No que ela, muito carinhosa, afirma:
─ Vamos, pode ser agora?
De imediato, foi para a cozinha. Dentro de 30 minutos ou mais um pouco, a guloseima estava pronta para ser saboreada. Todos comeram. Inclusive Bianca que acabava de chegar. Só elogios. Chris seguiu porque tinha pressa de ir para sua casa aguardar o marido que chegaria do trabalho.
muitas brincadeiras, Rafa e Mateus queriam ver algo na TV. Vovó pesquisa, tenta todos os meios disponíveis (que aliás não são poucos, porque domina bem o mundo eletrónico) para conseguir o que o pirralho deseja. Não obtém êxito. Desse modo, desabafa:
─ Querido netinho, amanhã ligo para "Net" e vejo o que está impedindo de acessar ao seu filme.
Mateus, atento a tudo, ouviu a promessa e foi o bastante para intervir:
─ Mas como? Você disse que a "Vete" vai demorar muito!
Não foi muito trabalhoso explicar que "Net" é diferente de Ivete. Ele compreendeu, como entende quase tudo o que lhe dizem com amor.
Outro lance do Mateus:
Eram 21h, e a vovó já se preparava para levá-los. Num procedimento para convencê-lo, o mais relutante em aceitar a ida, assim se manifesta:
─ Vamos reunir as coisas de vocês (mochilas, chinelos, meias, roupas e mais) para irmos. Depois fica tarde, e será mais difícil. Depressa, o Mateus interveio:
Por quê? Já está tarde!
Com muito prazer e alegria, Ã s 22h tiveram de ir. Pra mim, quanto mais ficassem, melhor seria!
Enfim: de cada um dos netos (e também das filhas) tenho registrado (gráfica e eletronicamente) momentos lindos e memoráveis!