Quando o bandido margeia na sociedade, ele vira observador do útero que o pariu. O útero social, o útero familiar, o útero gravídico de uma hipocrisia que nunca saiu da estação gestacional e ainda não pariu o essencial que jamais permite sobras. Na essência, nada sobra, nada se perde, nada se desvia e muito menos fica à margem. Evita-se o que há de supérfluo e sobrenadante, pois eis que afundam. Não dominam a arte de remar contra ou a favor da correnteza e sem força exaurem. Mas a vida continua a parir desafios vivos que resistem e se adaptam num ciclo de vida que nunca termina.