Prometi que faria um esforço à minha amiga, ainda dentro dos limites de minha sanidade, e escreveria um pouco, talvez fazendo-os perder seus tempos preciosos que escorrem pelos dedos quase automáticos e mecânicos, rejeitando qualquer solução que não seja imediata e fluidamente rápida. Os tempos requerem imediatas tomadas e quase que flashes de segundos em luzes estroboscópicas das nossas vivências. Na realidade, isso tudo o que vemos não passa de uma ilusão estroboscópica, somos enganados o tempo inteiro por uma fita feita sabe-se lá por que Criador fatal, que passa os filmes e nós os assistimos, como roteiros programados há éons. Não duvido do que dizem em muitas paragens: Maktub, está escrito. Esse roteiro e esta vida está escrita e nossa mente não está preparada de modo algum para sair de seus trilhos. Os que tentam são: 1.Loucos.2.Suicidas.3.Esquizofrênicos.4.(essa é ótima) "excêntricos", porque em realidade saem do centro. Nossa visa é um eterno centro ruminado todos os dias, como vacas que sabem regurgitar seu pasto e repasto para continuarem suas vidas mansas, até o abate. Somos ruminantes que pensam e ruminamos até o fim e os filósofos que ousam perscrutar além são uns chatos, porque é melhor ruminar sem pensar nas consequencias de tudo. Eu prefiro ser excêntrico sem ser louco e o que rumino, regurgito numa náusea que eventualmente me deixa aliviado. Daí escrevo, como o faz minha amiga, que escreve sem parar, mensagens que põe nas paredes de uma torre, numa parede caiada que ela quando preenche toda, passa a tinta e volta ao trabalho, num livro cimentado por camadas e camadas de sabedoria e luz.
Desculpem interromper suas ruminações.
Feliz páscoa.
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