Este corpo albergue do nada meu, sente o cansaço do tempo, acelera o encontro fatal entre eu e o nada, meu fiel companheiro. Além dele, pode-se dizer que existam coisas, apenas coisas corriqueiras com ou sem utilidade. O relógio vai marcando o tempo enquanto outros o matam por instinto de sobrevivência, jurando uma falsa eternidade. Sobre viver, desconheço mestres a não ser ela, a vida, pós-doc na maestria ilusória. Sobre a vida, desconheço o viver sem sonhos e sem medos. Sobre o outro, nada sei como também deixo muito a desejar o que há de bom ou mal em mim. Vivo nos contornos e entornos que a vida ora permite, ora proíbe. Sou o hoje querendo dar lugar ao amanhã não obrigatório acontecer, assim como posso ser o amanhã retornando ao hoje. Tempos nos templos param no eco do silêncio que dá sinal à partida de quem disposto está a seguir em frente, rompendo com o passado. O futuro não dá a certeza do templo continuar de pé. Talvez desmorone, talvez continue em pé. Sempre talvez.... certeza... absolutamente nenhuma.