Enxergo à frente, uma medida de quanto tempo ainda tenho a caminhar até o oásis que nutre minha breve existência. Observo o sol já cansado de iluminar minha teimosia em viver, mas ele ainda assim, me alcança nas passadas mais absurdas que dou na vida. Tento retornar, mas sou forçado pelo tempo a seguir adiante e à frente, em frente de todos que ficam a conjugar o meu verbo ir. Enquanto uns tentam se reerguer, eu sequer recuso a cair pois confio nos meus pés já calejados e expostos à s críticas. A imagem que logo me vem à frente, ê de uma paisagem nunca explorada por ser deserto. Fitei o solo seco e sem vida, mas a gota de suor que caiu, foi suficiente para fazer germinar dali, um pouco de esperança. Nessas andanças, o deserto cálido aconchega minha existência.