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O BRASILEIRO E A SELEÇÃO
Fazendo uma refeição, de costas para onde havia uma TV, ouvi a vibração de muitos que estavam no Shopping. Hoje vi: Portugal e Espanha.
Pensei, até, que fosse o Brasil jogando.
São muitas as campanhas publicitárias mostrando a realidade brasileira, perguntando que razão temos para vestir a camisa do Brasil e torcer pela nossa Seleção...
Nos países pobres, a brincadeira mais acessível a uma criança é chutar uma "bola" (de meia, de papel, de plástico, de borracha, um cóco caído...) em qualquer espaço livre.
Torna-se tão importante isto quanto o alimento difícil.
Como extrair essa vontade de torcer por um time do coração de tantos sentimentos plantados na criança que vive no adulto de hoje? Para onde canalizar a alegria infantil que vive em tantas criancas que jogam bola com coleguinhas?
Os adultos que lutam pelo poder, estes sim, deveriam enxergar na Bandeira do Brasil, nosso Pavilhão Nacional, o rosto-reflexo de todos os filhos que sofrem neste País e não o símbolo das diversas moedas financeiras circulantes que engordam as suas contas bancárias e provocam um Alzheimer político.
Respira, gente, solta seu grito para não sufocar com tanta toxicidade no ar!
Quem vai lembrar que essas pessoas, antes ou depois dos jogos, trabalham, fazem horas extras, não têm Carteira de Trabalho anotada, não ganham uma boa remuneração ou estão desempregadas e não enxergam uma solução?
Dalva Trindade de S. Oliveira
(Dalva Trindade)
16.06.2018 - 21h20m