Ontem, havia uma rosa sem graça, sem vida. Era imóvel e portanto, quase imperceptível ao olhar, por mais atento que fosse. Os caminhos com pedregulhos zombavam da inércia tumular presente naquele pequeno espaço de solo. Sua voz, quase inaudível nunca aumentara o tom, o que a fazia um claustro situado em penhascos gigantes. Um nómade ao transitar por aquela estrada, percebeu aquela Rosaceae tímida na presença de um terreno tão árido. Aproximou-se dela e tocou-lhe a fina pétala que imediatamente fez-se mais viva na cor e maciez. Não esperava que ele a retirasse dali, mas apreciava seu gesto sutil de gentileza e generosidade. Não se atrevia além do olhar de gratidão por aquele simples toque que se fez presença eterna e revigorada pelas sensações mais que aprazíveis, mais que audazes, mais que todo amor que de uma flor póde-se exalar.