Terra do Humanista Artur Ramos e dos Bagres, dera bode...
Iapois! Lá vai um pescador entre as baronesas, calção ao vento e chibata solta nas águas da cagada lagoa. No cantar do galo na força da aguardente, senta na popa de vela ao vento. Deixa a canoa cortar água na pressa do chegar, mandim bisneto do saudoso bagre e a pisirica no cesto garantindo a janta da família numerosa que aguarda de bico aberto como peloco no ninho. Cidade em festa comemorando a chegada do governa a dor de um povo pobre de risos amarelo na carência da saúde pública de qualidade. Na balança do pescador, um poeta de terno engomado pelo suor do tempo gente. Sonhador de um Pilar que defenda o povo de cá, barbado e criticando com poesias, a freguesia do Pilar apilador, residente no morro do macaco, casa sorteada em nome da vó ( engomadeira de roupa de gente rica) o tal poeta tido como ovelha negra, lobisomem, louco e revoltado. Escreve sem saber nas madrugadas no baile dos ventos da Lagoa Manguaba, a valsa natural e alivia a dor poética do Pilarense filho do torrão que trabalha a política do paraquedismo na satisfação dos desejos estrangeiros imperando a miséria local, sem saúde,sem educação e esgotos a céu aberto, observado pela alma comum da poesia onde a manipulação dos relatórios, mostra Pilar de um povo " feliz"...