Então vamos navegar e diante dos ventos, escreveremos nos redemoinhos e nas bacias líquidas do oceano que nos proporcionará e proporciona a cada instante vida. Vamos com atenção: parar, olhar e escutar o monstro de ferro na estação a cada chegada e partida na fila do tempo no templo do existir. Ser efêmero de vida carente... tão carente e muitas vezes, tão sem vida. Nos instantes em que o vazio desce à consciência, onde o ferro quente faz arder toda a forma de dor, explode emoções nas linhas e entrelinhas de cada página da existência efêmera e marcante. O olhar a cada paragem na paisagem de cada estação dor, vislumbra sempre uma cor. Ontem era azul, hoje cinza e amanhã, cores não mais haverão e os dias sem cor serão, serão apresentados ao branco do silêncio, da paz... que insiste ousadamente em ser colorido a cada estação e em especial, no inverno rigoroso das almas frias e sem sensação alguma. Escrever, escrever para sobreviver. Assim, vivem e resistem os que admiram o branco que um dia foi verde na floresta do silêncio e hoje servem de palco à s palavras contidas no silêncio do grito.