Nesses dias que surgem com o nascer do sol ou com chuvas a quedarem ao solo, guarda tua ansiedade e duvides da natureza. Não pretendo afirmar que tal qual o homem, seja ela uma mera mentirosa. Não é isso. A natureza é volúvel e fora do controle está a todos. Eu, por exemplo, ao quebrar uma casca de ovo, não espero que dali saia um pintinho ou um omelete pronto para consumo. O ovo para consumo é fascinante, pois o nome correto é óvulo e assim, pode ser utilizado para consumo humano. Vamos dizer então, que o ovo não se identificou como tal, mesmo não podendo contestar aos olhos dos consumidores que assim, o rotularam. Ele então, é ela. E assim, brinca a natureza com o sapiens Homo que precisa de um amo para ter mil e uma utilidades, e assim ganhar prestígio fazendo firulas e pronunciar falácias. Um dia, o homem há de querer ser o próprio sol, a chuva e o rei da natureza com um controle remoto à mão. Um dia, vai perceber que foi socorrido e fingir aos fatos de ser um subserviente dos mistérios da vida. Um dia, há de perceber sua fragilidade e vulnerabilidade aos caprichos da natureza. Um dia, há de perceber-se um nada no tudo que existe. Um dia, perceberá que falhou porque nunca existiu.