Faixa de pedestres (horror)* Atravessar faixa de pedestres em Brasília é mais perigoso do que andar só, desarmado, à noite, em qualquer de suas cidades satélites. Os pseudomotoristas não respeitam o transeunte, xingam-no e maldiz, por ter de esperar à s vezes, dois minutos ou até menos. Quando param, por acaso, ficam acelerando como se estivessem num certame de corrida de automóveis, não aguardam o pedestre concluir a travessia, seguem na primeira faixa sem tomar conhecimento de quem esteja atravessando: criança, mulher grávida (ou não), deficiente físico, idoso e outros. Não fazem empatia (quiçá nem saibam o que é isso!), para supor que amanhã eles poderão necessitar do uso da faixa de pedestres e obter a racionalidade dos colegas de profissão (ou não!). O dito popular: "Mais forte respeita o mais fraco" não existe para eles. O mais fraco é nada, e eles são o suprassumo da legalidade, já que são os ditadores da própria lei. É bem verdade que, em algumas ocasiões, o pedestre não faz o obrigatório "sinal de vida"; sem que os carros parem, avançam desordenadamente. Registo que o penúltimo parágrafo é contribuição de amiga de mais de uma década, advogada, empresária, com quem converso e aprendo muito. * Brasília, DF, 24/03/2019.
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