As viagens que não realizei
Arão Aroldo de Medeiros
Sempre conto detalhes dos passeios realizados com parentes e às vezes em excursões feitas com estranhos. Esses desconhecidos passam a ser companheiros da aventura e passamos a ter estreitas amizades durante o evento.
Assim como não entrevistei a neta Agnes em uma crônica escrita por esse servo da palavra, pois a mesma não tinha nem um ano de idade, assim narrarei algumas viagens que não realizei, mas que de agora em diante passarei a vivenciar.
Fui ao Japão. Conheci o Meiji Jingu Shrine, em Tóquio. Enorme santuário de xintoísmo e nos propicia ainda visitar ampla floresta pertinho do salão principal.
À noite fomos, eu e meus parceiros na excursão, Carlos e Fátima, mais conhecida como Fafá. Contratamos um guia local para nos traduzir as comidas, a fim de não cometermos gafe. Eu me deliciei com um karê, que nada mais é que um ensopado de batatas, cenoura, carne e outros legumes, servido com arroz. O casal, saboreou o tempurá, delicioso, segundo a opinião deles, camarões empanados. Tempurá significa uma técnica de empanamento.
Depois, com a barriga cheia, fomos ao Meiji Jingu Shrine apreciar a vista noturna da bela cidade.
Não poderia deixar de ir a um templo onde houvesse uma estátua de Buda. Nesse nosso entretenimento, fomos à cidade de Nara apreciar o Todai-Ji Temple. Segundo nosso cicerone, é maior a estátua do mundo e toda em bronze.
Noutra ocasião fui à África do Sul, pois tinha enorme curiosidade sobre a cultura daquele país, terra de Nelson Mandela.
Para justificar a lembrança acima citada, fomos conhecer o Museu do Apartheid. Feito para que a população e os turistas pudessem conhecer as atrocidades a que os negros foram submetidos. Este é um dos pontos turísticos mais procurados de Johanesburgo.
Provavelmente todos os pacotes turísticos levam os passageiros até o Kruger National Park, pois o mesmo está a somente a três quilômetros de Johanesburgo. O parque é muito grande e por isso ficamos alguns dias conhecendo um pouco dessa propriedade, fazendo safári e vendo animais que, no Brasil, víamos somente em circos.
Visitamos também o Constitution Hill. Recebi informação de que além de Mandela, Mahatma Gandhi também foi um dos presos “domiciliado” nesse local, onde hoje é um museu.
É triste ver esses locais, mas ao mesmo tempo agradecemos a Deus por ter mudado bastante a situação.
Agora vou contar não sobre excursão, mas sobre um passeio que fiz com meus familiares.
Fomos até a Colômbia e visitamos a Catedral de Sal em Zipaquirá que se situa a cinquenta quilômetros de Bogotá.
Fica a 180 metros sob a terra e faz parte do conglomerado de atrações do Parque do Sal. Estão agregados ao parque a Praça da Cruz, a Mina, o Domo Salin e o Museu da Salmoura. As atrações não param por aí. Ficamos embevecidos com a capelinha, a cascata de sal, uma cruz gigante talhada em pedra e um chão de vidro por onde se vê água embaixo do solo.
Adoramos tudo o que conhecemos e nos prometemos voltar para explorarmos mais novidades na Bolívia ou outro país sul americano, sabendo que nossa família é ávida por novidades e descobrimentos de cidades diferentes.
A mesmice nos envelhece, e mais velhos do que já estamos, chega.
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