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Cronicas-->Memórias... (CAPíTULO I) -- 03/08/2001 - 11:44 (ADOLF HITLER) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meu tímpanos quase estouraram quando os Stukas passaram em vóo rasante sobre nossas cabeças, rigorosamente perfilados, demonstrando a disciplina e determinação que havia tomado a grande nação germànica naquele glorioso agosto de 1939.

Eva olhou para mim enfadada, enquanto a I Brigada de Infantaria desfilava à frente do palanque com sua marcha compassada retumbando ao soar da fanfarra, passando por entre os Gatter von Brandenburg (portões de Brandenburgo), santuário máximo do III Reich. Vi pelos olhos dela que a mesma gostaria de retornar à Chancelaria, onde poderia se entregar a Wagner e Wein der tiefen Geliebter, sua bebida predileta. Mulheres! Como poderia mostrar-lhe o momento único que ela estava vivendo?! A Juventude Hitlerista sucedeu a Brigada aos gritos de "Ein Volk! Ein Fuhrer! Ein Deustchland" (Um povo! um Fuhrer! uma Alemanha!) às quais respondi com a saudação de praxe: o braço estendido e a mão espalmada. Os olhos daquelas crianças brilhavam de orgulho e satisfação. Elas haviam entendido o meu propósito...

Fraulein apertou sutilmente meu braço como a me dizer: "Adi, não aguento mais!". Senti seu olhar faminto e o tremor de suas carnes ardentes de desejo e paixão. Olhei-a de soslaio e acenei negativamente a cabeça "Hoje não, mein Lieblings!". A Alemanha preparava-se para entrar na História e precisava da presença do seu Fuhrer, em corpo e alma.

Relembrando hoje todos aqueles momentos, ainda não sei por que Fraulein resolveu ficar ao meu lado, mesmo sabendo que jamais poderia dedicar-lhe aquilo que ela mais desejava: uma casa, crianças, cachorro no quintal (bem, ao menos tínhamos Blondi), horário para chegar em casa, trabalhar, Wagner à noite, vinho, leituras e conversas ao pé da lareira... enfim, toda a segurança sonhada pela maioria das mulheres. Havia casado com a nação germànica e minha prioridade era assegurar-lhe o lebensraum (espaço vital). Minha libido, meu amor e minha dedicação haviam-se voltado para este propósito. Mas Eva tinha um jeito muito sutil de fazer-se perceber: quando nos conhecemos, ela chegou docilmente, aproximou-se, envolveu-me com sua prosa e seus calor, seu cheiro e sua beleza. Quando dei por mim estávamos juntos na mesma cama. Aqueles primeiros momentos de paixão devem tê-la marcado de forma indelével uma vez que nunca mais pudemos gozar de toda a liberdade e libertinagem que gostaríamos. Fui obrigado a voltar toda a minha força, toda a minha energia a retirar o povo alemão daquele caos onde foi obrigado a ficar por imposição do humilhante tratado de Versailhes, pelos boicotes constantes da Liga das Nações, pelas compensações de guerra absurdas que nos foram cobradas... Eva, surpreendentemente, ficou ao meu lado até forjarmos o nosso suicídio em 1945 e partirmos para nossa primeira diáspora, onde acabamos por nos perder... até agora.

Quando assumi o comando da Alemanha, encontrei um país devastado pela fome, pela doença, com uma hiperinflação corroendo nossa combalida economia, abalada terrivelmente pelo crash da Bolsa de Nova Iorque em 1929. O amor próprio do povo germànico estava ferido e a moral e o patriotismo estavam em baixa. Os comunistas aproveitaram-se disso e tentavam de toda forma aliciar pessoas para seus partidos vis, comandados quase que diretamente por Stálin, aquele porco soviético. Já estive em campanha e lutei lado a lado com valorosos combatentes naquilo que os historiadores hoje denominam I Guerra Mundial. Pude ver o quão bravo era o povo alemão e quão ignóbil e insuportável era a situação onde o mesmo se encontrava.

"Cambada de filhos da puta! Vocês vão me pagar! Vão ter o troco de tudo que nos impuseram!". Sabia que nem os ingleses nem os franceses, aqueles frouxos, queriam guerrear. As demonstrações de força que fiz ao mundo lhes havia intimidado. Anexei a Áustria sem disparar um tiro só. A Tcheco-Eslováquia foi brincadeira de criança. Deixei o mundo inteiro de queixo caído ao assinar o pacto de não agressão Ribbentrop-Molotov com a URSS, garantindo que a mesma não se imiscuiria nos assuntos alemães. Ainda deixei Stálin feliz pois, entre as cláusulas secretas do pacto, prevíamos a divisão da Polónia entre nós dois o que lhe assegurava algumas noites bem dormidas, uma vez que o puto se borrava de pavor ante um possível ataque germànico às estepes russas. Tolo! Tudo que fiz foi lhe dar um prazo para esmagar de vez o poderio soviético, assim que assegurasse os novos domínios da Alemanha. Estava tudo planejado...

Generalfeldmarschall Albert Kesselring olhou para mim com orgulho, enquanto seus BF-109 G barulhentos sobrevoavam o centro de Berlim em direção à Potsdamen Platz. Heinrich Rommel era só orgulho das suas divisões Panzer que mostraram-se imponentes no desfile. Para enganar os espiões inimigos, fi-la dar a volta no quarteirão e desfilar novamente, causando a impressão de uma força inexpugnável... soube depois que o artifício fora bem sucedido uma vez que nosso serviço de contra espionagem interceptou alguns relatórios onde se via que os respectivos informantes estavam impressionados com nossa demonstração de poder.

No meio de tanta pujança o Grossadmiral Donitz , junto com Eva, parecia deslocado. Sua esquadra não tinha vez ali e os U-Boat estavam longe, preparado-se para proteger os interesses germànicos além-mar. Olhei para minha amada, que parecia distante daquele mundo (Teria ela... não! Já lhe havia proibido de fazê-lo!). Percebendo meu olhar, virou seu rosto e me sorriu. Piscou com um olho e inclinou-se sutilmente, de forma a permitir que seu colo nu aparecesse através do vestido pouco decotado. Imediatamente fui tomado de desejo e segurei minha pistola firmemente. Talvez fosse possível ouvir um pouco de Wagner antes da reunião marcada para as 18:00 horas com o alto comando alemão... afinal, estava tudo pronto: A Wermacht estava a postos, a Luftwaffe preparada, a Kriegsmarine singrava os mares em alerta. O relógio sussurrava... tic-tac, tic-tac... vai começar a Segunda Guerra Mundial.

Percebendo minha reação, Eva passou delicadamente a língua pelos lábio e voltou a ver o desfile. Foder a amada, foder um país, tudo se resumia a isso: a arte de Fuder. A Polónia que se cuide...

Adolf Hitler - Der Fuhrer.
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