A ESCOLA ANTIGAMENTE
Renato Ferraz
Passeando pela cidade onde nasci e morei até os 19 anos, lembrei da escola onde comecei a estudar quando era criança.
Naquela época, anos 60, o uniforme (fardamento) usado era calça comprida azul marinho e camisa branca. Havia um emblema no bolso com as iniciais do estabelecimento (masculino). Já o feminino era composto de saia plissada, azul marinho, até o joelho e blusa branca, igual ao masculino. Sapato preto e meia branca.
Eu estudava de manhã, das 7h às 11:30h. Havia no meio do horário das aulas um recreio (intervalo) de meia hora, que era um dos melhores momentos do dia. Era onde a gente brincava, lanchava, ia ao banheiro, tomava água, etc. De tão bom que era, passava muito rápido e a gente, os meninos principalmente, entrava na próxima aula suado e acelerado de tanto correr e pular.
As brincadeiras eram bolinha de gude, pião, esconde-esconde adivinhação, passa-anel e tantas outras.
Recordo bem quando aprendi as letras, e a juntar as sílabas para formar palavras. Sem entrar no mérito da crítica, apenas fazendo uma constatação, era comum nessa época o aprendizado através da repetição de sons e era comum o uso de cartilhas nas escolas. Assim como os exercícios de caligrafia.
As diferenças hoje não se resumem apenas a tecnologia. Houve mudança no papel do professor e espaço para maior participação do aluno, nas discussões.
Antes o professor ensinava e o aluno apenas recebia o conhecimento de uma forma pronta.
Havia um boletim que era levado, após a semana de provas, para os pais acompanharem as notas dos alunos. Se o aluno fosse reprovado, repetia a série. E se cometesse alguma disciplina só entrava no dia seguinte acompanhado do pai. Se fosse algo menos grave, recebia um castigo, fazer uma quantidade de exercícios maior, ler um texto e interpretar, respondendo a um questionário.
Saudade da velha escola!
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