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Pitangarás! 
Pitangarás! 
Mesmo com a ausência de nosso casal musical, Rachid e Vanessa, a turma sonorizou e quiçá até mais se 
harmonizou, quarta, 14, à noite, no Quintal do Prado, que voltou a receber a buliçosa rapaziada da 
Velha Serrana, a Pitangui tricentenário. 
E que nem foi atrás das pretinhas que fomos, as apetitosas jabuticabinhas de um quintal, que graças a 
engenhosidade de Luiz Rafael, transformou-se num quase-harém de loiras gélidas, como convém - até 
pra quem se abstém. Como foi o caso de nosso vitalício Presidente  Juarez, que só tomou da 
anal...cólica. Quiçá para preservar a sobriedade nesses tempos tão bicudos que atravessamos. 
A freqüência de confrades, inobstante, surpreendeu-me, e certamente, e prazerosamente ao Luiz Rafael 
e sua equipe que por pouco não pegaram uma LER pelo esforço continuado de tanto abrir garrafas - e 
marcar comandas. 
Assim, a mesa extensa e estendida para um grupo original duns vinte, logo ganhou extensões à medida 
que os retardatários iam chegando. Esses, sabemos ou suspeitamos, não querem querem perder a fala 
do Bonner, o porta-voz do cerco ao lulopetismo a todo custo. Parará, ou Paraná, por aí? Moroliza o país 
desta vez, ou ainda temos a temer...? 
Mas a política rolou pouco na animada assembléia dos mais gatos pitanguienses de meio-século atrás. 
Sem querer excluir-me de culpa, só assinalo que era por demais jovem e só pensava naquilo: o 
seminário. 
Mas o encontro rendeu bem uma trintena de presenças. Que formaram coro avantajado e estridente, 
para lamentar ausências. Justificadas todas, menos, naturalmente à do Ruggierius Magnus, que estava 
ali pertinho de nós, em Viena, e não se movimentou para rever os tão diletos muy amigos que 
conquistou ao longo de décadas, e  que consolidou nos últimos meses, havendo inclusive sido anfitrião, 
em sua esplêndida e acolhedora residência em Lagoa-Santa. Acho que andava atrás de um autógrafo de 
um filho da terra, um tal de Arnold... 
Foi voz geral a queixa ao sumiço das postagens madrugais do Aluísio, que tanto divertem e inspiram os 
obreiros dos trabalhos manuais - de banheiro. Sugeriu-se até que se fizesse um abaixo-assinado de uma 
intimação para que o caçula dos Picões retornasse à lida. O próprio primogênito do clã, mais um Paulo 
pra toda obra, comprometeu-se a levar pessoalmente o clamor, assinalando manter a discrição 
necessária para evitar interceptação. 
Nomear presenças aqui, acudido apenas pela lembrança, fatalmente levar-me-ia (olha o mesoclismo 
temeriano na linguagem...) a cometer injustiça ou esquecimentos indesculpáveis. Mas assinalo que foi 
muito bom ver novas adesões ao grupo, o que baixa a sua média etílica, etária, digo...e nos coloca todos 
na zona de conforto, que é também dar bons exemplos pros mais jovens no sendeiro do malte, lúpulo, 
cevada e fermento. To beer or not to beer, já dizia Shakespeare. 
Tive o privilégio de sentar-me entre o comandante de nossos desatinos, Presidente Juarez, e o 
garantidor de nossos destinos, sobretudo quando alcoolizados, Coronel Praxedes, recém-incorporado ao 
grupo. 
Queria fazer uma sugestão ao ínclito Presidente para que pense numa forma de valorizar a assiduidade 
nas presenças de confrades fiéis no úrtimo ao espírito de luma, corrijo-me, de luta. E nesse contexto, 
desejaria sinalizar a presença sempre constante, de um Marcondes, um Bécaud, um Mastroianni, um 
César, um Tony, e, hors concours, naturalmente um Viegas, entre outros. O troféu poderia ser anual, 
por um diploma...ou uma gargantilha...Que pensa, a quadrilha? 
Paulo Miranda 
Enviado por Paulo Miranda em 16/09/2016 
Código do texto: T5762763 
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