REALIDADE OU FICÇÃO?
Renato Ferraz
Inteligência artificial é o tema do momento.
Há os que a demonizam
e preveem a invasão do planeta por diabinhos.
Também há aqueles
que a endeusam e acreditam
que anjos nos trarão dias melhores.
Quem sabe seja melhor assim, tal como é,
uma invenção nossa mesmo?
Afinal somos os responsáveis pelo que criamos.
Diante de previsões sombrias, vem à memória
o estresse da virada do milênio.
Acontecerá dessa vez, o apocalipse?
Quem só vê o lado negativo
anuncia um desastre
que mudará o curso da história humana.
Ora, mas há quem veja o contrário,
ela justamente evitará grandes desastres.
Se for usada como ferramenta
de poder político ou econômico será uma catástrofe.
A violação da privacidade atingiria o pensamento e a razão.
Então, as máquinas fariam poemas melhores que os poetas?
Os que a defendem e a veem como salvação
argumentam sobre a semelhança das reações
quando do advento da industrialização,
da internet, da chegada à lua e da tecnologia
para a produção de animais e de alimentos.
Portanto, concluem que era a ferramenta que faltava
para aprimorar os processos com mais agilidade e exatidão.
Quem deverá estar com a razão?
Ainda há os que se consideram realistas:
Concordam que há muitas dúvidas.
Mas já é uma realidade, não há como retroagir.
Serão inúmeros os benefícios para a população.
Não creem na extinção da civilização, mas aceitam o alerta.
Assuntos assim, depois tendem a ser menos polêmicos.
É impossível se prever todas as consequências,
Mas a regulamentação dará mais segurança a seu uso
Enfim, a inteligência artificial dará resposta
mais seguras às demandas do cotidiano.
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