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Cronicas-->A COP da maniçoba -- 26/11/2025 - 15:15 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A COP DA MANIÇOBA

Félix Maier

Belém do Pará nunca tinha visto tanta gente importante — ou, pelo menos, tanta gente que se achava importante — desde os tempos em que chegavam navios portugueses carregados de bugigangas, espelhos e a certeza de que saberiam para sempre o que era melhor para os nativos locais.

A cidade estava em polvorosa: a COP 30 era a chance perfeita de mostrar ao mundo que a Amazônia não era só floresta, rio e calor de sauna turbinada, mas também um lugar onde políticos podiam discursar sobre salvar o planeta enquanto queimavam fósseis com a delicadeza de uma locomotiva a vapor em promoção. E o mundo inteiro iria conhecer a exuberante culinária da cidade que reunia mais de dois milhões no Círio de Nazaré: pato no tucupi, tacacá, maniçoba, vatapá, bolo de macaxeira, sorvete de açaí. E para arrematar, licor de jambu e de cupuaçu.

Lá estavam ONGs, ecologistas, especialistas, subespecialistas, especialistas dos subespecialistas, assessores dos especialistas dos subespecialistas, influenciadores climáticos, influenciadores de influenciadores e uma quantidade tão grande de consultores internacionais que, se todos resolvessem realmente trabalhar ao invés de queimar combustíveis fósseis para passear o tempo todo ao redor do mundo, talvez o clima melhorasse uns dois graus só de susto.

Belém, coitada, aguentava tudo com a paciência de uma santa barroca, de Nossa Senhora de Nazaré. E com a devoção de quem puxa a grossa corda no Círio de Nazaré.

E no meio desse frenesi ecológico, lá estava ele: o Ogro de Nove Dedos, estrela, luminar e cometa de todas as COPs. Viera para salvar o planeta, ou pelo menos para parecer que estava salvando, que é quase a mesma coisa — com a vantagem de ser mais barato e render mais votos.

Nas tendas da COP, calor de 43 graus medidos à sombra de uma palmeira traumatizada, as ONGs estavam em êxtase, como cotistas em dia de dividendos. Havia ONGs do Canadá, da Noruega, da Papua-Nova Guiné e até um grupo venezuelano que jurava ter vindo defender o direito do papagaio bolivariano à autodeterminação.

Todos felizes, sorridentes e, principalmente, financiados pelos manés, os pagadores de impostos.

— Meu amigo, isso aqui é o paraíso! — dizia um norueguês bronzeado com a cor exata de alguém que jamais viu o sol. — A gente fala de descarbonização, toma um açaí gourmetizado e ganha mais verba para viajar ao próximo simpósio. A vida é dura, mas alguém precisa salvar o planeta enquanto faz turismo e queima combustível fóssil.

— Pois é — respondeu outro, com um crachá pendurado no pescoço e uma camisa verde tão berrante que fazia mal à retina. — Só falta salvar o planeta mesmo. Mas isso a gente deixa para a próxima conferência.

E riam, leves como quem não paga imposto de importação.

Nas proximidades do palco principal, entre painéis sobre o fim do petróleo e discursos sobre energias limpas que consumiam, ironicamente, milhares de watts por segundo fornecidos por uma termoelétrica a diesel, ainda que provisória, um grupo de mulheres indígenas — de porte fenomenal e entusiasmo idem — fazia uma apresentação cultural.

Mas apresentação é pouco: aquilo era um terremoto coreografado.

— Minha filha, olha ali... — cochichou uma idosa para a amiga. — É por isso que dizem que tapuru dá força...

As guerreiras, com cocares coloridos e os peitões de fora, dançavam, vibravam, balançavam tudo o que a gravidade permitia — e mais um pouco — provando que a floresta, se não salvava o planeta, pelo menos alimentava muito bem essas rotundas defensoras da floresta.

Um jornalista europeu, pálido como massa de pastel crua, perguntou:

— Isso é... saudável?

Uma das dançarinas se aproximou, estufou o peito, espetou as mamas na cara do gringo e respondeu:

— Quer experimentar tapuru? É cheio de proteína. Melhor que suplemento importado. E mais barato. E o verme ainda vem fresquinho, direto da palmeira, nada de laboratório.

O europeu saiu cambaleando, convencido de que a Amazônia não era lugar para estômagos delicados.

As índias que dançaram na COP 30, exibindo cocares cada vez maiores e mais coloridos, pareciam ignorar que aquelas penas exuberantes — de araras, papagaios, guarás, garças, gaviões e até carcarás — não brotam espontaneamente no chão da floresta. Cada tonalidade vibrante ali ostentada representa uma ave a menos voando livre, numa conta que, somada ao comércio paralelo de artesanato tradicional, empurra espécies raras para o buraco. Fala-se muito em sustentabilidade, mas pouco se questiona onde ela foi parar quando o assunto é arte plumária: o discurso ambiental some misteriosamente diante do temor de contrariar costumes.

O Ibama, que deveria zelar justamente pela preservação dessas aves, precisa assumir uma postura mais firme, pois tradição é tradição, mas espécies ameaçadas não se recuperam com decreto. Aliás, tradições mudam sim, pois não se vê hoje xamãs andando por aí com galhadas de cervos sobre a cabeça, e talvez já esteja mais que na hora de repensar certos adornos antes que, em nome da cultura, nos vejamos celebrando a extinção.

Porém, não era a primeira vez que havia um evento sobre meio ambiente no Brasil.

A ECO-92, oficialmente chamada Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, foi realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992, reunindo representantes de 179 países, além de ONGs, cientistas e líderes comunitários. Para os ambientalistas, o evento marcou um ponto decisivo no debate ambiental global, ao reconhecer que desenvolvimento econômico e preservação ambiental precisam caminhar juntos: o conceito de desenvolvimento sustentável.

Entre seus principais resultados estão:

  • Agenda 21: um amplo plano de ação para governos, empresas e sociedade adotarem práticas sustentáveis no século XXI.
  • Convenção da Biodiversidade (CDB): tratado internacional para proteger espécies e ecossistemas.
  • Convenção das Mudanças Climáticas (UNFCCC): base para futuros acordos climáticos, como o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris.
  • Declaração do Rio, com 27 princípios orientando a relação entre meio ambiente e desenvolvimento.

Apesar de toda a pompa anunciada aos quatro ventos do planeta sobre a COP 30, apenas 28 chefes de Estado chegaram a Belém. Nem 30, o número da COP... O que, para uma conferência anunciada como a mais importante desde a invenção do oxigênio, foi considerado um completo fiasco. Os críticos, sempre criativos, logo apelidaram o evento de FLOP 30.

Um repórter perguntou a um assessor do Itamaraty:

— Por que veio tão pouca autoridade?

— Ora, porque ninguém aguenta mais ouvir a mesma coisa — respondeu o assessor com sinceridade suicida. — É a 30ª conferência dizendo que agora vai. Agora acaba o petróleo. Agora o mundo será verde. Agora, sim... Mas ninguém combina isso com os jatinhos e os SUVs.

O Ogro de Nove Dedos, sempre sabedoria em pessoa, havia dito que não mandaria tropas federais para o Rio depois que mais de uma centena de traficantes haviam sido mortos por policiais no mesmo lugar onde ele havia subido o morro com boné CPX durante a última campanha presidencial. Por quê? Porque tropa não resolve nada, disseMas mandou uma tropa federal para Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para Belém. Resultado? O Ogro estava certo. Não resolveu nada. Foi como se tivesse mandado uma tropa para animar o ambiente. Um grupo do Piçol e outros profissionais da bagunça invadiram um salão e destruíram tudo, como se fosse o tornado que devastou uma cidade inteira no Paraná.

O grande momento chegou quando o Ogro foi flagrado descansando em um iate luxuoso, de três andares, gentilmente emprestado por um empresário interessado em continuar gentil em eventos futuros. O detalhe: o iate consumia 135 litros de diesel por hora.

Uma jornalista perguntou:

— Presidente, não é contraditório usar um iate movido a diesel numa conferência sobre o fim dos combustíveis fósseis?

O Ogro sorriu com aquela candura de quem já explicou coisas piores:

— Minha filha, sabe... é justamente para acelerar a transição energética! Se a gente não queimar logo esse diesel, como é que ele vai acabar? Eu estou ajudando o planeta!

A repórter anotou tudo, porque nunca havia ouvido uma explicação tão criativa.

Poucos dias antes da COP, os órgãos ambientais brasileiros surpreenderam o País aprovando estudos geológicos na Margem Equatorial. A ministra Marina Silva teve uma síncope ideológica. Ambientalistas tremeram. Petroleiras abriram espumantes.

Perguntaram ao Ogro:

— Mas, presidente, não é contraditório anunciar novas prospecções de petróleo, logo às vésperas da COP 30?

— Claro que não! O Macron tá de olho no meu petróleo, sabe. E na minha mulher. Se ele vai sugar o petróleo com canudo sustentável pela Guiana Francesa, eu tiro o meu antes. E se der tempo, pego um pouco do francês também. Vai que o folgado me passa pra trás...

A plateia riu nervosamente.

Entre uma palestra e outra, havia sempre um climatólogo alarmado anunciando o fim do mundo para daqui a cinco anos — previsão feita, aliás, desde 1970. Segundo eles, Dubai deveria estar submersa, Balneário Camboriú com barcos nas portarias dos arranha-céus e várias ilhas do Pacífico reduzidas à saudade.

Mas nada disso aconteceu.

Camboriú segue erguendo prédios com ânimo suicidamente otimista, como o futuro Senna Tower de 154 andares, e Dubai construiu uma enorme ilha artificial em formato de tamareira, porque não há mau presságio que resista a petrodólares.

Nas COPs anteriores, especialistas discutiam o Hockey Stick (Taco de Hóquei), Michael Mann, Al Gore, John Travolta e seu Boeing beberrão estacionado no quintal de sua mansão, além de outros jatos. E havia o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, aconselhando a humanidade a tomar banho frio, enquanto irrigava seu campo de golfe num deserto da Índia com 300 mil galões de água por dia. Pelo belo trabalho de sustentabilidade do verde no deserto, Pachauri e o IPCC receberam o Nobel da Paz, em 2007.

Mansão de John Travolta e seus aviões, em Ocala, Flórida. 

James Delingpole, em 2012, havia lançado o livro Os Melancias - Como os ambientalistas estão matando o planeta, destruindo a economia e roubando o futuro de seus filhos, um título de livro tão longo que quase havia consumido uma árvore inteira. Porém, o autor fazia denúncias graves, sobre o Climagate, escondido do distinto público. Dizia ele, na pg. 17:

A conspiração por trás do mito do Aquecimento Global Antropogênico (também conhecido como AGW, também conhecido como ManBearPig) foi desmascarada súbita, brutal e deliciosamente quando um hacker entrou nos computadores da Unidade de Pesquisa Climática (CRU) da University of East Anglia e divulgou pela internet 61 megabites de arquivos confidenciais (cumprimentos ao site wattsupwiththat.com). Pérolas encontradas nos computadores: comemoração da morte, em 2004, do cientista cético John L. Daly (criador do site Still Waiting for Greenhouse); manipulação de provas; eliminação de provas; violência contra os cientistas céticos e outras patifarias.

E o Taco de Hóquei, o que é isso? É um gráfico elaborado por Michael Mann, o Hockey Stick, que mostraria como a temperatura da Terra aumentou no último milênio. Apresentado no Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em 2001, serviu de base para a tese do documentário An Inconvenient Truth (Uma Verdade Inconveniente), lançado em 2006, com a direção de Davis Guggenheim e roteiro e participação de Al Gore, vice-presidente do governo Bill Clinton. Pelo trabalho, Al Gore recebeu o Nobel da Paz, em 2007.

A trapaça do aquecimento global foi desmascarada por vários cientistas céticos, dentre os quais se destaca também o jornalista investigativo e escritor britânico James Delignpole, já citado acima. O Período de Aquecimento Medieval (MWP), diz Delingpole, foi a era em que a Groenlândia, hoje considerada quase inabitável, realmente fez jus ao nome (pelo menos em algumas partes), permitindo que os vikings lá se instalassem, plantassem cevada e criassem ovelhas e vacas (pg. 31). Aos poucos, a farsa do Aquecimento Global Antropogênico (Anthropogenic Global Warning - AGW) está sendo substituída pela tese da Mudança Climática — algo que ocorre desde a formação de nosso planeta. Quem controla a linguagem, controla a cultura. Quem controla a cultura, vence a discussão política (pg. 14).

Voltando a Belém, a incoerência continua sendo tanta que um observador comentou:

— Se hipocrisia fosse energia limpa, já teríamos resolvido a crise climática há décadas.

Embora o recente livro de Leandro Narloch Guia Politicamente Incorreto do Meio Ambiente tenha estreado em segundo lugar na lista dos mais vendidos da revista Veja, não seu ouviu nada sobre o assunto na mídia antifas durante a COP 30, por motivos óbvios. Com uma tênue ironia que caracteriza sua famosa série de Guias Politicamente Incorretos (Brasil, América Latina, Mundo, Economia etc.), esse último livro de Narloch mostra o farisaísmo por trás do movimento ambientalista mundial, que não se importa com os pobres, mas com suas mordomias bem climatizadas em escritórios, aviões, limosines, SUVs.

Foi libertador ler no livro de Narloch frases como: O material que mais permitiu aos veganos levar uma vida sem tanta exploração animal não foi o tofu, foi o polietileno e O morador da Amazônia quer ficar rico. Mas o ambientalista prefere que ele passe o dia catando coquinho na floresta. Catando coquinho na floresta, essa foi demais... Sobre a Economia de Amêndoas de Babaçu, à pg. 91, o livro apresenta um quadro em que, quanto mais o Fundo Amazônia investe, mais cai a produção de babaçu ao longo dos anos, devido à concorrência da soja e do dendê.

E, para finalizar a COP 30 com chave de latão, veio o chanceler alemão Friedrich Merz, que deixou Belém dizendo:

— Ninguém quis ficar lá. Todos queríamos voltar para a Alemanha. Senti saudades do chopp gelado, do chucrute, até do clima cinzento de Berlim.

Belém não perdoou. O Ogro, magoado, disse:

— Sujeito grosseiro! Devia ter ido a um buteco comer maniçoba! Dançar carimbó! Se não gostou, problema dele!

Um assessor sussurrou:

— Presidente, talvez ele não tenha gostado das palafitas e do lixo...

— Pois que venha fazer mutirão! — respondeu o Ogro. — Mas falar mal da minha COP da maniçoba, não!

No Pará, 91% da população não tem esgoto. A deputada federal indígena Sílvia Waiãpi (PL-AP), cassada em 2024, disse poucas e boas há um ano, na cara da ministra Marina Silva, durante a CPI das ONGs: até hoje, os indígenas são obrigados a fazer cocô na água e na mata, por falta de saneamento, porque os ambientalistas não querem que eles modifiquem seus costumes.

O governador do Pará, Helder Barbalho, perdeu seu precioso tempo para me bloquear no X. Poderia ter mandado sanear a capital do Pará, tomada por palafitas, lixo de tamanho amazônico nos igarapés e esgoto a céu aberto com urubus à vontade em seu habitat belenense, como se fossem pombas em praças brasileiras e europeias.

A propósito, a imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), Míriam Leitão, também havia me bloqueado no X, por afirmar que ela havia integrado um grupo terrorista durante o governo militar, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB). O ator da TV Globo, José Abreu, também me bloqueou no X, por eu publicar que ele havia sido o motorista do caminhão que levou o Cofre do Adhemar, de Santa Teresa para Jacarepaguá, fato mencionado pelo jornalista Luiz Carlos Azedo, na matéria No volante, publicada no Correio Braziliense, 30/01/2013. Como é de domínio público, o grupo terrorista VAR-Palmares (do qual Dilma Rousseff também foi membro) participou da Grande Ação, em 18/06/1969, quando foi roubado um cofre em Santa Teresa, Rio de Janeiro, com a quantia de 2,596 milhões de dólares. O cofre pertencia ao ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros, e ficava no casarão de sua amante, Anna Capriglione.

Como coroamento da chamada FLOP 30, houve uma inusitada dança ritual ao redor do fogo — mas sem os indígenas das Américas, os aborígenes da Austrália e os papuas de Nova Guiné — com os congressistas correndo alucinados para fora das tendas, fugindo do fogo e da fumaça asfixiante, em busca de uma chuva salvadora que apareceu justo durante o incêndio.

Na Ata Final — aquela que ninguém lê, mas todos assinam — estava a ideia genial do Ogro de Nove Dedos: o mapa do caminho para o fim dos combustíveis fósseis.

Parecia simples. Como toda ideia genial que nunca funcionará.

Enquanto tudo isso acontecia, a comitiva, os assessores, os ministros, os observadores internacionais e os especialistas em biodiversidade entornavam bebidas amazonenses com entusiasmo antropogênico. Inclusive com cerveja feita com água tratada de esgoto trazida de Singapura. Talvez seja por isso que o chanceler alemão se mandou, com saudade da Oettinger da Baviera.

E o Ogro?

Brindava a branquinha no iate de três andares, feliz, satisfeito, certo de que salvar o planeta é importante, mas não tão importante quanto salvar o próprio descanso. Piada pronta, também nomearam o evento de COPO 51...

E assim terminou a COP da Maniçoba: um grande sucesso para quem se aproveitou dela, um grande fracasso para quem acreditou nela, e um espetáculo imperdível para quem gosta de ver o mundo tentando se salvar enquanto não larga o diesel, o uísque, o ar-condicionado, os jatinhos e o iate. 

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