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Cronicas-->Brasília 38 anos -- 31/10/1999 - 20:14 (Leon Frejda Szklarowsky) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


BRASíLIA 38 ANOS

A vida é o bem mais precioso do ser humano, mas a vida sem liberdade não tem qualquer significado, nem dignidade

Brasília dos meus sonhos. Brasília, sonho de um iluminado. Brasília dos sonhos de um povo.
Brasília nasceu da vontade de um povo heróico, que desbrava, incessantemente, esta terra sem fim, de riquezas mil, de gente brincando, cantando, gingando e até ludibriando a fome, a miséria, a dor, a violência desenfreada, com o samba e com a dança, com o torpor de seus corpos cansados.
Brasília nasceu de um sonho que se transformou em realidade, pelas mãos gigantes de JUSCELINO KUBITCHEK e mercê do esforço hercúleo e despretensioso de pioneiros abnegados, que marcaram sua passagem gloriosa para sempre.
Sua beleza não é só arquitetónica e paisagística, causando espanto aos olhos estrangeiros, senão também político - administrativa e, profundamente, humana, onde convivem os Poderes da União, do Distrito Federal (Estado e Município) e da própria Administração Federal. Convivem brasileiros de todo o Brasil. Mistura de povos, raças, homens, mulheres, crianças, numa efervescência jamais vista.
E povos daqui e de lá se entrelaçam e se abraçam, envolvidos pela mesma linguagem, numa harmoniosa constelação, que deve servir de figurino para todos os povos.
O tempo deixa de existir.
O espaço deixa de existir.
Brasília, porém, deve adaptar-se às novas necessidades, ao novo homem que surge neste cerrado, sem ferir-lhe os padrões originais. O século XXI está próximo e a cidade, apesar de tão jovem, já se consolida, com orgulho, como a Capital do Terceiro Milênio e modelo, para o mundo, que a transformou no Património da Humanidade, fruto de sua juvenil pujança na arquitetura e retrato de um povo varonil em constante desenvolvimento!
E o homem de Brasília não pode sonhar, apenas. Deve, sim, concretizar seus sonhos e realizá-los, porque o candango é o bandeirante moderno.
Criar jardins, com bancos, quiosques, bulevares, aproveitando melhor as quadras e entre - quadras. Enriquecer, ainda mais, esta abençoada terra de leite e mel, com o verdor do arvoredo e das plantas, mitigando o louro sol abrasador do verão. Rejuvenescer prédios, precocemente, deteriorados. Aprimorar os equipamentos já existentes e produzir outros, para que o século vindouro encontre Brasília acordada e não dormindo em berço esplêndido ! Seu povo é o arquiteto de hoje e o herói de amanhã.
Isto não significa, porém, que a cidade possa ser descaracterizada, criminosamente, tal qual vem ocorrendo, e locais com destinação própria sejam simplesmente transmudados, produzindo danos irreparáveis, como alertou, com muita propriedade, o lúcido escritor CLÓVIS SENA.
ADIRSON VASCONCELOS, o historiador da cidade, reproduziu, com rara beleza, as palavras imortais e proféticas do fundador desta paradisíaca terra do cerrado, "os tempos passaram, venceram-se as tempestades e Brasília aí está. Nem se dirá, que ela, como o caniço da fábula se curvou para o vendaval passar. Ao contrário, suportou-o e deu-lhe nova direção". Ou, como proclama, solenemente, AFFONSO HELIODORO, "suas idéias, sua memória, seus ideais e seu exemplo serão fontes perenes de esperança e de fé no Brasil. Brasil que ele tanto amou," porque "ele foi - acima de tudo - povo brasileiro."
E, com Brasília, nasce um novo homem, uma nova civilização e uma nova esperança. Brasília, capital de um país que não para.
A natureza é sábia e bela. Dotou o homem da capacidade incomensurável de dominar as situações infinitamente adversas.
E Brasília aqui está para demonstrar o que podem fazer uma nação heróica e um povo destemido!
E a eternidade do homem, na Terra, traduz-se pelo que ele faz, marcando sua passagem, de forma inolvidável e soberba, quando se trata de seres humanos predestinados aos grandes feitos.
Eis Brasília, na data de sua fundação, de sua venturosa trajetória, quando completa 38 anos de heróica batalha, contra tudo e contra todos, cada vez mais forte, varonil e pujante, com seu povo juvenil e espírito indomável, criando o candango, desperto e inquebrantável. contra a incredulidade de seu próprio povo e de todos que o rodeavam.
Da utopia à realidade. Da tristeza à alegria. Do torpor à esperança. Choros e sorrisos se mesclam. Sentimento e razão se misturam.
Brasília é, hoje, o exemplo vivo do que pode um povo sofrido, mas que nunca perdeu sua dignidade e fé e jamais se deixou abater, nem lutar por sua liberdade e vida.
Brasília aqui está. Seu povo, altivo e livre. Sua história de gigantes se repetindo. Brasília, afinal, por ser a capital do País, tem os olhos de todo o País e do mundo, voltados para ela.
A agonia do sofrimento dando lugar à alegria de uma vida livre, na terra dos seus e para os seus.
Nao pense, pois, que o céu distante nao vê, com suas luzes cintilantes e ardentes, que Brasília caminha, faceira e ereta, para o futuro imbatível.
Eternas homenagens a seus idealizadores e construtores: JK, Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Bernardo Sayão e os inesquecíveis candangos!

Leon Frejda Szklarowsky.:
Presidente da Academia Maçónica de Letras do DF
Diretor - Tesoureiro do Instituto Histórico e Geográfico do DF




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