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Cronicas-->NO COLETIVO -- 28/12/2001 - 17:08 (Erika Bernardo Viana) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No coletivo lotado cheiros e hálitos se misturavam e o calor sufocava àqueles que queriam chegar ao seu destino.

No lado externo, do lado oposto dos espremidos, numa praça, num banco qualquer de concreto, uma cena materializava-se aos olhos das pessoas que aglomeradas no enlatado chacoalhavam.

Um homem esquecia-se de si mesmo,deitado no banco da praça. Esquecido, sujo, como um desfalecido, um amontoado de carnes, ossos, músculos, peles, estrutura, forma, um corpo.

Encolhia-se fugindo do rancor, escondendo-se da vida, enfiava seu rosto, não visto, por dentro da camisa.
Uma poça formava-se embaixo do concreto onde o homem repousava, escorria lentamente entre as pernas. E na poça podia-se ler o abandono, a crueldade e as injustiças...

Alguns olhos estancavam sobre aquele retrato escuro, aumentavam de tamanho expressando horror e assombramento.

Olhinhos sombreados de cansaço.

Apenas olhos que fotografavam sem memória a cena, um homem sem rosto paralisado no tempo real e no tempo dos olhos.

Erika Viana
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