"Toda mulher quer ser amada, toda mulher quer ser feliz...". O resto todo mundo conhece, Rita Lee cantou nos idos setenta, e fez muito sucesso.
A gravidez é uma bela crise na vida da mulher, e ocorre pelo excesso de hormónios que ela acumula. Os homens por sua vez, como portadores do instrumento responsável pela fecundação, sofrem todo revés desta bela crise.
Se um fio de cabelo da jovem mamãe cai, ou se o sabão escorrega das mãos, durante o banho que ficou frio de repente, a culpa é do homem. Se a cadeira não mais acomoda suas nádegas, e suas espinhas brotarem como erupções, ou seus corpos ficarem assim meio estranho, as futuras mamães culpam o homem. Se mesmo assim o estomago falhar na hora H, a culpa também é do homem. Se o sono lhe escapar durante a noite, a culpa é toda do homem, que sonhou além do estipulado. Afinal ele é o exímio introdutor do sêmen extremamente fértil, que depositou o embrião em sua barriga, e tudo é sua culpa.
Não existe meio termo ou sequer termo inteiro durante a crise da mulher. Ela é a ditadora de todas as regras a serem seguidas. Ela é a Big Sister de sua vida, aquela que vai controlar-lhe todos horários, ambientando-o numa tragédia Owerlliana. Nada que o homem fizer poderá restaurar-lhe as rédeas da situação. Ela é o ser supremo que vai chorar todas as noites, porque está ficando feia, e suas roupas já não lhe servem mais, sua sede é interminável, e a vontade de fazer xixi onipresente, enfim, seu corpo está fora de controle.
Se as roupas, dela, não mais lhe servirem, é função masculina encontrar-lhe roupões descentes e confortáveis que passar os dias. Encontrar-lhe água que beber, lavabo que usar, e oferecer-lhe o controle devido e necessário pra viver. Ao homem, resta resignar-se e aceitar sua condição de culpado sem ter ao menos um julgamento. Pois, dele será a culpa de todo descontrole feminino - Não sei o que você fez, mas você sabe porque está apanhando.
"Toda mulher quer ser amada", paparicada, mimada, e acariciada durante a gravidez, e serem lindas e belas ao carregarem a prole inteira na barriga. Rita Lee tinha razão em dizer que: "Toda mulher é meio Leila Diniz". Nem mais é pelo fato de que todas mulheres sentiam a necessidade de reprimir o que a atriz fazia questão de exprimir. Hoje em dia, a única imagem da bela atriz brasileira que morreu muito jovem, é sua gravidez pública e quase desnuda, nas areias de Copacabana.
Portanto quando toda mulher é meio Leila Diniz, é porque se tornou bela e inigualável em sua gravidez. Pois, até nisso os homens são culpados, em emocionarem-se por todas as coisas belas que a gravidez lhes trouxer.
E toda mulher é meio Leila Diniz, bela e jovem, exibindo uma linda gravidez nas areias de Copacabana.